A ilha de Paquetá: Uma Reflexão Sobre o Abandono e a Falta de Respeito
Ao visitar a ilha de Paquetá, deparei-me com um cenário desolador que reflete o abandono e a falta de respeito tanto pela população local quanto pelos visitantes. A ausência de presença da guarda municipal foi evidente, pois não avistei nenhuma patrulha na região, exceto por uma única viatura policial, que rapidamente desapareceu do meu campo de visão.
As ruas da ilha encontram-se em estado precário, muitas sem pavimento, e as calçadas claramente necessitam de reformas. Para agravar a situação, observei esgoto a céu aberto, uma ameaça à saúde pública, e a completa ausência de lixeiras nas calçadas, contribuindo para a degradação ambiental da área.
Diante da condição imprópria das praias para banho, seria sensato que a administração local instalasse pontos com chuveiros próximos às calçadas a cada 100 metros. No entanto, não havia sequer banheiros, nem mesmo os químicos, que poderiam oferecer um mínimo de conforto aos visitantes.
Os preços dos alimentos na ilha são excessivamente altos, e não condizem com a infraestrutura oferecida. O Parque Darke de Mattos, um espaço que deveria ser uma atração, está totalmente abandonado. Parte do parque encontra-se inacessível devido à presença de moradores no local, o que considero um verdadeiro absurdo.
A Casa de José Bonifácio, outro ponto histórico e cultural da ilha, estava fechada e sem acesso à área externa, privando os visitantes de uma experiência enriquecedora. Além disso, os meios de transporte disponíveis, como bicicletas, triciclos e carros elétricos, possuem aluguéis com preços exorbitantes, inacessíveis para a maioria das pessoas.
A localidade de Paquetá clama por projetos inovadores e acessíveis, que respeitem tanto os moradores quanto os visitantes. Como cidadãos, exigimos respeito e melhorias urgentes para que a ilha possa voltar a ser um lugar acolhedor e...
Read moreA Ilha de Paquetá no Brasil Império
A Ilha, que também é um bairro, Paquetá faz parte da história do Rio de Janeiro – desde o início.
Após a descoberta e a luta entre franceses e portugueses, a Ilha ficou um período esquecida, apenas com uma pequena presença indígena. Contudo, em 1696, foi erguida em Paquetá uma capela para São Roque e isso culminou no desenvolvimento mais intenso do local.
No século XIX, Paquetá passou a ser mais valorizada pelo Império. A Ilha foi local de hospedagem frequente de D. João VI e seu filho Dom Pedro I. O político e naturalista José Bonifácio escolheu passar seus últimos dias por lá. A residência ainda existe, preservada e em uso. A Ilha de Paquetá chegou a pertencer ao município de Magé. No entanto, em 1833, foi incorporado à Corte e à cidade do Rio de Janeiro.
A ilha de Paquetá ficou famosa no século 19 por causa de uma suposição. Acreditava-se que era esta a ilha citada por Joaquim Manuel de Macedo como cenário do romance A Moreninha – obra inaugural do Romantismo no Brasil. Alguns iam até mais longe: diziam que a narrativa de Macedo foi inspirada em uma história real ocorrida por lá. Embora o nome Paquetá não tenha sido citado em nenhuma página do romance e nada disso tenha jamais se confirmado oficialmente, o pacato bairro do Rio de Janeiro acabou se consolidando como paraíso bucólico da personagem literária
A Ilha de Paquetá também conhecida como “Pérola da Guanabara” ou “Ilha dos Amores”, apresenta o formato de um oito, com 1,2 quilômetro quadrado de área e 8 quilômetros...
Read moreInfelizmente a ilha está ainda abandonada, não tem atrativos, não vi incentivo para os turistas manterem a ordem, organização e limpeza, não vi ações de conscientização para evitar lixos nas areias. A areia da praia tem uma espécie de lodo lama, deveria ser feito um estudo sobre esse material, que tipo de sedimento é esse que a gente pisa, verificar a possibilidade de limpar isso do fundo por alguns metros no mínimo para que possamos pisar sem sentir sensação horrível. O desmatamento e crescimento desenfreado da ilha também é outra questão, impactando diretamente o local. A ilha ainda é um dos locais preferidos de toda família, o turismo estaria favorecendo o comércio local e incentivo a visitação ampliando ainda mais os produtores, pescadores, etc se não houvesse o abandono e falta de...
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