O Porto das Naus está localizado a cerca de 350m da Ponte Pênsil (5 minutos a pé), pode ser alcançado em linha reta pela Avenida Tupiniquins – seguindo o sentido Japuí. Está na margem direita da pista. Porto das Naus, 1º Trapiche Alfandegário da História do Brasil. Foi o local de ancoragem da esquadra de Martim Afonso de Sousa quando de sua chegada à região em janeiro de 1532. O renomado pintor, pesquisador e historiador Benedito Calixto foi um dos maiores defensores desta tese, registrada no seu livro “Capitânias Paulistas” e em diversas telas que pintou sobre o tema. João Ramalho e o Bacharel de Cananeia utilizavam esse trapiche desde 1510. Este estaleiro, 1º do Brasil. Cosme Fernandes, Antonio Rodrigues e João Ramalho embarcavam os indígenas capturados nas guerras entre grupos rivais no alto da serra e vendidos como escravizados para os europeus. consideradi um movimentado porto de tráfico de escravos indígenas até 1531, o qual chegou a ser conhecido na Europa como um dos maiores portos escravagistas. O Porto era usado como estaleiro para construção de bergantins (pequenos barcos) e reparo de embarcações maiores. Foi também contribuição importante do local para o abastecimento, socorro médico, reparos navais das naus que se dirigiam ao Rio da Prata e da carreira da Índia por parte da população de São Vicente. Martim Afonso de Sousa instalou um trapiche alfandegário para receber as mercadorias desembarcadas pelos navegadores no Porto de São Vicente. Desativado este trapiche, a mesma área que pertencera ao Bacharel Cosme Fernandes foi transferida por Antonio de Oliveira, o segundo Capitão-Mor de São Vicente em 1542 a Pero Corrêa, que aí estabeleceu o porto de tráfico de escravos indígenas e de embarque e desembarque de cargas para a região das feitorias do Sul de São Paulo, especialmente para Peruíbe, onde também possuía o seu porto. Próximo a 1540 um maremoto destruiu a antiga Vila de São Vicente, provavelmente, uma grande ressaca, o fenômeno assoreou a entrada da barra da baía de São Vicente, tornando-a inavegável para embarcações de grande porte. Em 1550, Pero Correa converteu-se ao cristianismo e aí construiu uma igreja, sob a evocação de Santa Maria das Naus. Em 1580, essa área foi transferida para o Capitão-Mor de São Vicente, Jerônimo Leitão, que nela construiu um engenho de açúcar que durou até 1620. A localização do Porto das Naus, totalmente escondido das vistas de por quem passasse por alto mar, era sua principal virtude. A dificuldade de proteção do local principalmente quanto aos ataques de piratas também foi um motivo. Em 1536, foi atacado pelo espanhol Ruy Mosquera. Entre 1585 e 1591, foi a vez do corsário inglês Thomas Cavendish. Em 1615, a Vila foi atacada pelo corsário holandês Joris van Spillbergen, sendo famosa uma ilustração desde o ataque, que mostra as edificações do Porto das Naus em chamas. Sendo o local da alfândega era um dos principais alvos desses ataques. Parte das paredes ainda são possíveis de ser observadas, construções grossas, justamente para proteção de possíveis ataques. A alvenaria é formada por pedras, óleo de baleia e restos de sambaquis, assim como em outros engenhos do...
Read moreLugar muito bonito pela vista, mas a prefeitura precisava cuidar melhor ou passar para Praia Grande cuidar dessa região. Com certeza seria bem melhor devido a logística e dificuldades que São Vicente tem para cuidar...
Read moreSaber da história, ainda que não valorizada, sempre nos enriquece. Parte da história do BRASIL, aqui ao nosso alcance!! Há um sítio arqueológico...
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