Implanta-se na encosta nascente da serra da Lapa, de modo destacado, num cabeço sobranceiro à povoação, sendo classificado como Monumento Nacional (Decreto n.º 32 973, DG, 1ª série, de 18 agosto 1943, n.º 175).
O primitivo castelo teria sido construído, provavelmente, no século X, durante a Reconquista, por iniciativa condal, de que não subsistem estruturas, dada a grande instabilidade militar na região e as vicissitudes por que passou, ainda que existam desse período sepulturas antropomórficas junto à torre. Doado à Ordem do Templo em 1145, por particulares da esfera de familiares de D. Afonso Henriques, só em 1174 viriam a construir a torre de menagem, no interior do recinto, com planta retangular, paramentos aprumados em cantaria siglada, de três pisos, o primeiro correspondendo à cisterna, e os outros sobradados, rasgados por seteiras retilíneas e com acesso por portal sobrelevado, em arco. Constitui uma das torres de menagem mais antigas e datadas e a primeira a utilizar em Portugal o hurdício de madeira, permitindo tiro vertical sobre a base dos muros, solução inovadora que deve ter beneficiado dos conhecimentos que o Mestre Gualdim Pais adquirira no Próximo Oriente. Na torre existe inscrição idêntica à do Castelo de Penas Róias, feita dois anos antes. Desconhece-se a planimetria do antigo castelo templário, já que a atual planta trapezoidal, de quatro faces, resulta das obras oitocentistas de adaptação a cemitério, altura em que se amputou o recinto. Ainda assim é considerado um castelo românico, com recinto muralhado integrando ao centro a...
Read moreO castelo medieval de Longroiva, classificado como Monumento Nacional, constitui um dos mais importantes exemplares da arquitetura militar templária da Beira Interior e um dos melhores testemunhos de castelo românico na região. Construído sobre um suposto castro pré-romano, erguido entre os séculos IV e II a.C., a sua construção coincidirá com um expressivo surto de povoamento na região, em inícios do século XII, tendo pertencido à Ordem do Templo e à Ordem de Cristo. No século XVIII, com a progressiva perda de importância da povoação, já se documenta a progressiva ruína do castelo e, no século XIX, o castelo passou a servir como fornecimento de pedra para construção e o interior do castelo foi transformado em cemitério, utilização que ainda hoje conserva. No século XX, as investigações ali efetuadas revelaram algumas das estruturas originais, como a cisterna, e os trabalhos de conservação permitiram que ainda subsistam partes das muralhas e a Torre de Menagem, que terá sido uma das primeiras a ser edificada em Portugal, segundo epígrafe...
Read morePequenino mas interessante.
"A região de Longroiva é ocupada desde a pré-história, nela se fixaram, romanos, visigodos e os árabes, a quem o rei de Leão, Fernando Magno, reconquistou a região. Integrado no território do Condado Portucalense, é já depois da independência portuguesa, entregue à Ordem do Templo, por D. Afonso Henriques, por volta de 1145. No reinado de D. Dinis, com a extinção da ordem do templo, Longroiva é entregue à Ordem de Cristo, posse que se manteve pelo menos até meados do século XVI. No século XIX, a culminar a degradação que se foi apossando desta fortificação, face ao seu abandono, o castelo passou a servir como fornecimento de pedra para construção e o interior do castelo foi transformado em cemitério. O que resta do castelo, está classificado como Monumento Nacional, os trabalhos de conservação permitiram que ainda subsistam partes das muralhas e a Torre de Menagem que terá sido uma das primeiras a ser edificada em...
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