A Casa da Flor, em São Pedro da Aldeia, foi construída por Gabriel Joaquim dos Santos durante décadas, usando cacos. IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Nome atribuído: Casa da Flor, sita à Estrada dos Passageiros, nº 232, Município de São Pedro da Aldeia, Estado do Rio de Janeiro Localização: São Pedro da Aldeia-RJ Número do Processo: 1659-T-2012 Livro do Tombo Belas Artes: Inscrição homologada Descrição: “Uma casa feita de caco e transformada em flor”. Era assim que Gabriel Joaquim dos Santos se referia à residência que passou décadas esculpindo. Gabriel recolhia o que encontrava pela frente para adornar a casa – cacos de cerâmica, de louça, de vidro, de ladrilhos, lâmpada queimada, bibelôs, conchas, correntes, tampos de metal. O que já aparentava não ter mais função foi transformado pelas mãos do artista em esculturas, réplicas e mosaicos, e incorporado à casa, considerada uma espécie de “barroco intuitivo”. Nascido em 1892, filho de um escravo com uma índia, Gabriel trabalhava na roça e alfabetizou-se com 36 anos. Levado por seus sonhos, fantasia e imaginação, começou a “bricolage” de sua casa em 1923. A obra durou até o artista falecer, em 1985. Um ano depois, a residência foi tombada como patrimônio cultural fluminense pelo Inepac, considerada expressão ímpar da arquitetura espontânea popular. A Casa da Flor e sua arquitetura fantástica já foi tema de dezenas de debates, artigos e de documentários, entre eles O Fio da Memória, de Eduardo Coutinho. Também foi criada a Sociedade de Amigos da Casa da Flor, liderada pela professora e pesquisadora Amélia Zaluar, para preservação e divulgação do imóvel. Amélia é autora do livro A Casa da Flor, Tudo Caquinho Transformado em Beleza, lançado em...
Read more“Uma casa feita de cacos e transformada em flor”, assim Gabriel Joaquim dos Santos definiu a Casa da Flor. Nascido em 1892, filho de um ex-escravizado e uma índia, o trabalhador da roça e das salinas Gabriel Joaquim dos Santos alfabetizou-se apenas aos 36 anos. Iniciou a construção de sua singela residência em 1912, mas foi a partir de 1923, após um sonho, que Gabriel passou a ornamentar sua casa com fragmentos de cerâmica e vidros, lâmpadas queimadas, faróis de automóveis, conchas e o que mais achava que harmonizaria sua construção artística. Até 1985, ano em que faleceu, nosso artista seguiu enfeitando sua casa, deixando-a como inestimável legado.
Homem simples, mas de uma sensibilidade sem medida, Gabriel fez da Casa da Flor um belíssimo exemplo de arquitetura espontânea, hoje considerada internacionalmente. Sua genialidade é comparável à de outro gênio da arquitetura, o espanhol Antoni Gaudi. Nos últimos anos, o feito de Gabriel Joaquim dos Santos tem sido tema de diversos debates, artigos acadêmicos e documentários. Orgulho aldeense, a Casa da Flor é um patrimônio tombado pelo IPHAN no Livro de Tombo de Belas Artes (processo 1659-T-12) e pelo INEPAC como Patrimônio Cultural Fluminense (processo E-03/31.266/83).
Recentemente, o monumento passou por uma ampla revitalização, realizada por uma empresa especializada em restauração artística contratada pelo Governo Municipal, sob a supervisão técnica do escritório regional do IPHAN. As visitações, guiadas pelo Sr. Valdevir dos Santos, sobrinho-neto de Gabriel Joaquim dos Santos, acontecem de quarta-feira a domingo, das 10h às 12h e das 13h às 17h. A Casa da Flor está situada na Estrada dos Passageiros, 232, bairro...
Read morePerfeito , uma casinha de pura história e volta ao tempo , se você estiver indo para a região dos lagos no RJ não deixe de conhecer São Pedro da Aldeia , conheça a Casa da Flor , super vale a pena o passeio, visitei em Janeiro de 2020, eu e minha família fomos recebidos pelo seu Valdemir , sobrinho de Gabriel dos Santos , ele nos recebeu muito bem , nos acompanhou e contou toda a história, posso garantir que o passeio foi um dos melhores que fizemos,a história, o lugar , saber que esta construção é conhecida mundialmente nos fez ficar muito orgulhosos de sermos brasileiros e saber que não precisamos ir tão longe para conhecermos coisas tão lindas e preciosas feitas por mãos de pessoas brasileiras de muito talento , e nesse caso por uma pessoa que nunca frequentou uma sala de aula . Saimos dessa casinha muito felizes , porque Gabriel não tinha nada , construiu uma casa com refugos e viveu muito feliz , esse lugar transmite isso , felicidade, a felicidade pode estar nos detalhes , no caso dele , ele ficava feliz quando ganhava cacos para colocar na decoração na sua casinha , saímos deste lugar bem certos de que a felicidade está nas coisas mais simples . Criei um Instagram para ajudar na divulgação do local pois segundo seu Valdemir o lugar não tem recebido muitas visitas e atenção do governo para ser mantida . Siga o Instagram casadaflo.r vamos divulgar o máximo este lugar e contribuir para a história do nosso país , pois afinal não é só a Europa que tem...
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