Daria 5 estrelas ao museu, mas não o farei. As razões para isso, as explico mais adiante.
Agora, vou falar sobre os aspectos positivos.
É um museu simples, mas bem agradável. Trata-se de um espaço organizado, limpo e com cordial atendimento. Os textos explicativos são bons e de fácil entendimento. Os materiais expostos conseguem, com algumas exceções, dialogar com o que está escrito.
Particularmente, achei mais interessante a exposição da primeira parte (Paracatu no Brasil Colônia) e a terceira parte (Paracatu no Brasil República). Os textos, nessas partes específicas, falam sobre o que deviam falar, a saber: que Paracatu teve uma íntima ligação com a mineração, mas não sobreviveu apenas disso. E ainda: a importância da inauguração de Brasília para o avanço da cidade. Há, enfatizo, outros aspectos positivos.
Agora, os aspectos negativos.
O que mais me entristeceu foi a ausência (tanto na exposição sobre paracatuenses com destaque nas ciências médicas, quanto na exposição de paracatuenses que se destacaram nas letras) do médico e intelectual PARACATUENSE Francisco de Melo Franco! Nascido em Paracatu no ano de 1757, Melo Franco, dentre outras coisas, foi autor da obra "Reino da Estupidez". Nesta, Melo Franco realizou uma virulenta crítica sobre o "atraso" de Portugal frente aos avanços que o Iluminismo proporcionava em outras nações europeias. A obra teve grande impacto em Portugal (onde Melo Franco morou por muitos anos), chegando a alcançar, inclusive, outras partes da Europa.
Outro aspecto negativo foi, em minha opinião, o pouco destaque dado às manifestações católicas da cidade. Não percebi qualquer texto, fotos ou materiais que fazem menção a festas católicas. Lembrando que Paracatu tem forte influência e tradição do catolicismo. Suas festas deveriam ter sido, portanto, mais enfatizadas. Falou-se nada sobre as festas católicas, mas se falou sobre os horrores praticados pelo Tribunal do Santo Ofício. Em termos mais claros, o catolicismo, além de pouco enfatizado, quando o foi, se falou de sua maior mancha.
Por fim, algo que me chamou atenção. Na verdade, algo que não entendi bem. Havia dois livros de compromisso de duas irmandades (N.Sra.Rosario e São Benedito) cujo o ano escrito em suas capas era 1765 (em um livro) e 1782 (em outro livro). Todavia, no texto dizia que as mesmas foram criadas em 1808 e 1811. Então, os livros fazem menção a duas irmandades existentes em Paracatu ou em outra localidade?
Enfim, a despeito de alguns "senões", é um museu que gostei de visitar....
Read moreLugar maravilhoso! O casarão no estilo colonial preserva a identidade da região paracatuense. O museu encontra-se próximo à Câmara Municipal e Largo da Jaqueira, pontos turísticos do coração do Núcleo Histórico da cidade. É possível visitar para conhecer diversos instrumentos utilizados na época escravagista e parte da história...
Read moreUm resgate marcante da história de Paracatu/ "Paracatu do Príncipe", de seu surgimento, da busca pelo ouro ainda no Período Colonial; junto a tudo isso, resgata a História dos negros no Brasil... Uma janela para o compreendimento da história de nosso Brasil... Vale muito a visita "nesse templo...
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