É do artesanato indígena que os colonos compraram suas panelas de barro (mesmo que a maioria tinha o costume de comer com a mão), igualmente é com eles que implementaram a verdadeira civilização que tanto buscaram implantar aqui. Sem médicos europeus, os colonos buscavam ajuda para suas doenças nos pajés. A reza andava à par com o cachimbo xamânico e às beberagens. Com os índios aprenderam a comerciar, pois aqui moedas não valiam nada. Trocavam alguns de seus objetos raros, coisa que os índios nunca haviam visto, como um espelho, por comida, medicamentos e armas. Aos poucos os colonos se despojaram de suas camisas e casacos e andaram somente de calção, mas não desceram dos sapatos e das botinas, que tinham salto. Se acostumaram a tomar banho diariamente, tanto para evitar doenças quanto para tirar as inhacas. Alguns degredados até conseguiram aprender o básico da língua para se comunicarem com os nativos e tentar melhorar suas relações. O fato é que a influência dos índios naquele primeiro momento da história do Espírito Santo foi muito maior do que o da cultura europeia. Pois a arquitetura seguiu mais os costumes indígenas do que europeus. As paredes foram feitas de taipa de mão, técnica conhecida tanto dos portugueses quanto dos nativos. Pedras foram evitadas, devido ao calor tropical e a morosidade da construção. Aprenderam a fazer telhado de palha e também que a cozinha deveria ficar do lado de fora da casa e não dentro, pois assim o calor do fogão à lenha não aqueceria o local de dormir...
Read moreÉ uma experiência interessante de contato com uma cultura tipicamente brasileira. Por um lado, não é exatamente um lugar turístico, pois não é muito preparado para receber público, mas por outro lado, é justamente essa crueza do espaço que faz dele algo tão curioso. O galpão em que ficam expostas as panelas é todo dividido em estandes individuais para as artesãs. Neles, além de expor as panelas, elas passam os dias realizando seu ofício, então, quando visitamos, o que vemos é o cotidiano cru e não uma réplica enfeitada para turistas. Lá fora, a fogueira seca as panelas e há sempre um pouco de fumaça no ar, que se mistura na paisagem com o barro do mangue e nos leva de volta às raízes do país. Por fim, há ainda o contato humano. Fomos muito bem recebidos, nos explicaram as diferenças entre as panelas, falaram sobre o processo de produção, contaram como são feitos ou preparados os materiais e vimos um pouco das etapas sendo realizadas na hora. A experiência vale muito a pena, mas tendo em mente o fato de que não é um local turístico e sim um espaço de trabalho aberto a visitação para quem quer aprender um pouco mais sobre a...
Read moreVisitar a associação de paneleiras da goiabeira é fazer uma viagem no tempo,podemos contemplar a feitura das panelas, que são construídas por artífices experientes, essa forma tradicional 100% manual imprimem no barro do manguezal o mais rico do imaginário popular dessa comunidade, em formatos diversos...seja de porco ,peixe, tradicional e outras tantas,vê também a queima dessas panelas é uma experiência rica,pois são utilizadas toda uma tecnologia tradicional,essas peças podem ser adquiridas no próprio local,seja como elemento decorativo ou principalmente para o uso "adequado", vale salientar que o sabor dos alimentos cozidos ou assados nessa obra prima tem um sabor diferenciado,o espaço da associação no bairro da goiabeira é muito bem estruturado e bem localizada, próximo ao aeroporto. Ao visitar o Espírito Santo além de ser obrigatório degustar a moqueca capixaba, não perca a rica oportunidade de adquirir a experiência de conhecer uma cultura milenar através dessa rica comunidade tradicional. MAIS LEMBRE DE LEVAR ESSE TESOURO PARA VOCÊ E PARA...
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