#review1 A Elegância Esquecida da Peixaria Jokka Loureiro
📍 Peixaria Joca Loureiro – São Raimundo, Manaus
Encontrar a Peixaria Jokka Loureiro é como tropeçar numa pérola bruta esquecida no fundo de um baú empilhado em um porão alagado do bairro São Raimundo. Escondida entre ruelas que parecem te testar a cada esquina, essa peixaria é o tipo de lugar que não se anuncia, apenas existe, firme, simples, e fora do tempo.
O ambiente é pequeno, um tanto quanto caótico à primeira vista, como se um velho barco de madeira tivesse sido transformado em restaurante sem pedir licença ao tempo ou à modernidade. Há uma estética ali muito rústica, não-curada, resistente ao Instagram. O tipo de estética que nem tenta ser agradável, mas acaba sendo charmosa justamente por isso.
O patriarca, Jokka, já não está mais entre nós, mas seus herdeiros continuam navegando esse barco com a firmeza possível. O atendimento é direto ao ponto, sem rodeios — não espere sorrisos largos ou perguntas desnecessárias. O pedido é anotado, e então começa o verdadeiro teste: a espera.
Em dias de pico, comer aqui exige paciência monástica. Em minha primeira visita, cometi o erro de chegar tarde, e fui recompensado com um tempo de espera que faria um cidadão romano questionar o sentido da vida. Já na segunda, munido da sabedoria adquirida, cheguei por volta das 11h30, o sol já castigava a pele, mas fui recompensado com um serviço consideravelmente mais ágil.
O cardápio? Minimalista, sem firulas. Pedi o tradicional filé de pirarucu para uma pessoa: dois pedaços generosos, acompanhados por um baião honesto, farofa crocante e um vinagrete sincero. Para acompanhar, uma cerveja de 600ml (R$15) e uma Coca-Cola KS de vidro (R$6). A refeição, ao todo, me custou R$81, dos quais R$50 foram pela comida.
Os preços não são baixos, é verdade, mas a quantidade é respeitável e a qualidade, ainda que não notável, é decente. Você não está pagando por requinte gastronômico, está pagando pela experiência, e pela vista. Ah, a vista.
É aqui que a Peixaria Jokka Loureiro se separa do resto da matilha: localizada à beira do rio, ela oferece uma das vistas mais sublimes da cidade. A Ponte do Rio Negro se ergue como um monumento silencioso ao fundo, enquanto algumas balsas desajeitadas descansam logo abaixo, dando ao cenário um charme decadente e curioso. Às 11h30, o calor era quase opressor, mas o reflexo do sol sobre o rio produziu fotos dignas de um cartão-postal amazônico.
O grande diferencial é a vista: uma pintura viva da Ponte Rio Negro com balsas descansando abaixo, quebrando a perfeição com charme. O local é rústico, o atendimento idem. Aceitam apenas PIX e dinheiro vivo, como se o cartão de crédito fosse uma invenção indecorosa do século XXI. Saí satisfeito, com o estômago bem servido e a alma levemente encantada.
Nota final: 7,8/10. Voltaria? Sim. Frequentador assíduo? Não. Mas há sabores, valores e paisagens que não se encontram nos restaurantes chiques do Vieiralves — e sim, no bom e velho...
Read moreIf you’re visiting Manaus this is a must go place!
It’s a very simple restaurant in a local community, kinda hard to find but worth it.
They have a great view from the river and the food comes quickly and it’s very very good. I usually have the “pirarucu a milanesa” which is basically fried boneless local fish similar to cod, with tropeiro beans, farinha and vinagrete. A very local food but made it to perfection.
The downside (also know as the peculiarity of the place) is the mood of the owner, if you speak Portuguese you’ll find lots of signs with jokes about the fact they don’t accept cards or any other kind of payment that’s not cash!
So BRING CASH! And...
Read moreO estabelecimento está localizadoe na Rua São José, no. 9, bairro de São Raimundo, em Manaus. A rua é sem saída, o restauante é pequeno, porém se destaca por três itens: a figura do proprietário, a delícia dos peixes servidos e a inigualável vista para o Rio Negro. O dono do estabelecimento chama-se Joaquim Loureiro Neto, natural de Cajatuba (Manacapurú, Amazonas), conhecido por Jokka(com dois KK mesmo!), figura conhecida na cidade de Manaus pela sua irreverência. O Jokka não tolera pergunta idiota, segundo ele não é uma pessoa mal-educada, no fundo é tudo brincadeira. O Jokka é também um grande cantor e compositor, compôs muitas músicas para o Mega Star Brega Abílio Farias, gosta de soltar a voz aos domingos no Bar Caldera, centro antigo de Manaus. O restaurante é tocado com a ajuda da mulher, filhos e até dos netos, oferece à clientela sete variedades de peixes, todos acompanhados de baião-de-dois, farofa, vinagrete e farinha de Uarini; de sobremesa, tem sorvete caseiro de sabores como cupuaçu e tapioca. O cardápio é oral: - Tem tambaqui, pirarucú, tucunaré, matrinxã... só frito! Existem dois compartimentos: a parte de cima, com um mezanino (área VIP) e a parte de baixo; atende de segunda a sábado, no horário de 11h/15h30; a clientela é formada na sua grande maioria por empresários, turistas e políticos. Outro diferencial é a vista para o Rio Negro. Vale a pena conferir! Vá lá! Você vai se divertir, detonar o melhor peixe de Manaus e curtir o nosso majestoso Rio Negro, porém, aconselho não fazer pergunta idiota...
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