Eu sou de Goiânia. Nascido e criado, mas não moro mais lá desde 2013. Uma das coisas que mais estranhei ao viver em outros lugares foi a comida. Eu percebi que uma coisa que era muito óbvia e natural pra mim, não tem nada de óbvio e é muito especial: a relação da(o) goianiense (da(o) goiana(o), eu creio) com a comida. Identidade, zelo, afeto, história... Comer e, principalmente, cozinhar é um ritual especial para a(o) goianiense. O principal lugar da casa de uma(um) goianiense é, com certeza, a cozinha. É lá que ela(ele) recebe as visitas e vive seus momentos mais especiais.
A pamonharia Frutos da Terra me fez sentir novamente essa coisa com a comida que há muitos anos eu não sentia. Trouxe à tona memórias afetivas que estavam adormecidas em mim. Eu lembrei de mim criança me esbaldando com as dezenas de pamonhas que às vezes minha família se reunia para passar o dia inteiro fazendo, geralmente em algum domingo chuvoso. A labuta começava com o milho verde, cuidadosamente escolhido, ainda na palha. Minha mãe sabia dizer se o milho daria uma boa pamonha apenas observando o "cabelo" que saía da espiga. O milho era descascado, limpo, ralado em um enorme e antigo ralador feito pra isso, a casca mais interna da espiga era separada e limpa para embalar a pamonha, a massa recebia o tempero e demais ingredientes, as pamonhas eram habilmente amarradas com barbante, colocadas em uma lata de tinta de paredes de 20 litros (não façam isso, por favor! A tinta e o metal da lata fazem mal. Usem caçarolas adequadas para isso), levadas a um fogão industrial e lá ficavam cozinhando por horas.
Todo o ritual era especial. Eu costumava ajudar ralando o milho. Às vezes machucava a mão. Todas(os) tinham que ajudar de alguma forma para que as pamonhas ficassem prontas a tempo. Era um momento de comunhão familiar. Brigas eram deixadas de lado. Às vezes havia cantoria. Histórias antigas eram contadas. A maledicência da vida alheia corria solta. Risos e gritaria por toda parte. Crianças correndo e aprontando, caindo, machucando, chorando e, logo depois, rindo e correndo de novo.
Tudo isso passou pela minha cabeça em um instante, no instante em que eu levei à boca a primeira garfada de uma pamonha de sal (em Goiânia se fala pamonha "de sal", "de doce") da Frutos da Terra. Eu me emocionei. Comecei a chorar diante do meu amigo brasiliense que me acompanhava. Ele ficou sem entender o que estava acontecendo. É difícil explicar para alguém que não entende tudo o que uma pamonha pode representar para uma(um) goianiense.
Quando eu morava em Goiânia, eu achava meio sem sentido quando falavam de turismo por lá. Eu não via algo na cidade que poderia motivar alguém pegar um ônibus ou um avião para conhecer. Tantos anos morando em outro lugar me fez entender que há um tipo de turismo que faz todo o sentido em Goiânia: o turismo gastronômico. A Pamonha Frutos da Terra é, com certeza, atração obrigatória para quem quer conhecer Goiânia. Não só porque tem a melhor pamonha que eu já comi na vida, mas também porque lá é possível entender o que é ser goianiense, o que a gente dá valor na vida. Lá eu me lembrei que sou goianiense. Eu saio de Brasília e levo pessoas a Goiânia apenas com o intuito de conhecer a pamonharia. Já fiz isso algumas vezes e a experiência é sempre incrível.
Não deixe...
Read morePleno sábado, horário de almoço, fomos eu e minha esposa para almoçar e não tinha pamonha de SAL. Achamos estranho uma pamonharia que não se organiza para ter a principal pamonha na hora do almoço. Fomos embora sem comer, mas relevamos. Passou-se duas semanas resolvermos ir novamente. LIGUEI ANTES DE SAIR DE CASA e perguntei se tinha pamonha de sal. A atendente disse que tinha. INSISTI e disse que sentíamos de casa naquela hora, que estaríamos na pamonharia em 20min e que íamos querer 3 pamonhas, perguntei se teria pamonha e se podíamos ir. A resposta foi clara: SIM. Ok. Saímos de casa e quando chegamos e fizemos nosso pedido o rapaz informou pra gente que só tinha duas pamonhas. Levantamos e fomos embora PELA SEGUNDA VEZ. E agora estou aqui. Falta de respeito com o consumidor. Uma pamonharia que está há tanto tempo no mercado tratando as pessoas com falta de respeito. Moramos longe, damos preferência para vocês e não somos tratados com respeito. Por duas vezes gastamos gasolina, atravessamos a cidade. Resumindo, saímos da frutos da terra e fomos comer na Chacrinha do Milho, próximo ao terminal Isidória, lá não tem erro. Sempre tem pamonha e o padrão lá é alto, tanto na qualidade do produto quanto no ATENDIMENTO.
RESPOSTA AO PROPRIETÁRIO: Sua resposta abaixo não condiz com a realidade. Na primeira vez que fomos o garçom disse que levaria uma hora e vinte para sair mais pamonhas de sal, e não meia hora como...
Read morese você não quiser comer seu pedido frio , pedido por aplicativos, não comprem nesse estabelecimento, melhor ir pessoalmente. os funcionários são um descaso muito grande com o entregador. hoje fui buscar um pedido. e o pedido estava pronto em cima da mesa. e nós temos que esperar do lado de fora , porque o entregador é pior do que um animal né? tem que ficar lá fora, nos tratam como invisíveis. fiquei esperando uns 10 minutos, do lado de fora esperando a boa vontade para me entregar o pedido já pronto, por uma entrega que eu ganhei 6,50 da plataforma. os funcionários me vendo e não indo para entregar. quando veio entregar . eu disse que precisaria por um interfone porque já tinha um bom tempo esperando. o mal educado do garçom disse que eu tinha era que reclamar com a gerência e não com ele. e se eu não estava feliz com meu emprego eu tinha que arrumar outro. tenho sim que reclamar com esse senhor com cinismo. ele me viu e não ia entregar o pedido. tem culpa sim. o descaso é grande com o entregador, e com o cliente também , porque ele vai comer frio, porque o pedido fica pronto em cima da mesa. aprendam a respeitar o entregador e o cliente de vocês. coloquem 1 responsável para entregar o pedido , e coloquem um interfone já que temos que ficar lá do...
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