Benjamin, um "case" do que não ser.
Gostaria sinceramente de escrever sempre sobre coisas boas e agradáveis, porém quando "a régua é alta" o nível de exigência acompanhada. Esse restaurante foi inaugurado faz pouco tempo na cidade, com obviamente um grande investimento dos irmãos proprietários. Foi contratado arquiteto famoso, o salão tem um querer sóbrio sisudo a lá Fasano wanna be, foi contratado um cozinheiro de São Paulo e se fez grande alarde pela cidade. Porém, o fundamental num negócio de restauração não faz parte deste local, ou seja, os profissionais que estão ali não tem a menor ideia do que fazer diante de uma situação, para eles, inesperada. Explico. Um dia desses, em minha mesa, um dos convidados devolveu o seu prato. Qual seria a atitude normal em qualquer restaurante desse nível? O maitre viria, saberia qual foi o problema, ofereceria outro prato - afinal a pessoa está ali, saiu de casa, para jantar - e, somente se, a pessoa não quisesse diria não lhe cobraremos pelo prato, desculpe. Porém o que se seguiu foi um show de amadorismo, e gostaria de deixar bem claro que estou falando do amadorismo do maitre responsável do salão e amadorismo do cozinheiro que ocupa a posiçãode chef. No momento em que aquele prato voltou para a cozinha todos os elementos do salão ficaram sem saber o que fazer, o maitre saiu e entrou na cozinha diversas vezes sem resposta, o cozinheiro saiu para o salão e caminhou até nossa mesa sem dizer uma palavra para olhar nos olhos de quem ousou devolver uma de suas obras, os garçons se entre olhavam, até a recepcionista veio ao salão dar uma espiada. Então veio o sussurro quase inaudível do maitre: não temos o que fazer. O macarrão é assim mesmo. A pessoa que devolveu o prato pediu então para falar com o cozinheiro, que até poucos minutos estava ali ao lado, mas recebeu como resposta que este havia sofrido um acidente gravíssimo, um corte profundo na mão e estava a caminho do hospital. Como coordenadora de área numa universidade, justamente de Hospitalidade, fiquei me perguntando que tipo de cursos esses dois profissionais haviam frequentado, ou que tipo de treinamento receberam para estar em postos de comando naquele restaurante. Certamente se houve algum esqueceram. Todo dinheiro gasto, toalhas caras, bela louçaria, e boa comida, se apagam diante de uma má experiência. Saber proporcionar acolhimento ao cliente é um dos pilares da hospitalidade. E, como Porto Alegre é uma cidade muito pequena, na mesma semana me deparo com toda equipe de cozinha do restaurante no mesmo bar onde estou. E qual não foi minha surpresa?? Não havia nem um mísero esparadrapo na mão do chef, ou seja, tudo foi uma grande MENTIRA para não atender o cliente. Até agora nenhuma palavra sobre a comida. Por quê? Não lembro dela, ela se tornou irrelevante diante...
Read moreO lugar é surpreendente e poderia estar localizado em qualquer cidade da mundo, mas para nossa sorte, está presente em plena Av. Carlos Gomes. Existe um estacionamento coberto, pago ao lado do restaurante ou o cliente pode estacionar na rua, sendo bem difícil encontrar vaga nas proximidades. As instalações são belíssimas, aconchegantes e com pé direito amplo na sala de recepção e bar, mas na sala de refeições é padrão. No bar não é permitido comer. Os toaletes são sofisticados e limpíssimos, além de possuir espaço família, PCD e música ambiental. O atendimento é exemplar do início ao fim, com muita simpatia, classe e educação. O pagamento é realizado a mesa, não existindo comanda, mas apenas controle pelo sistema. Existe uma colaboradora apenas para servir vinhos e espumantes, que chama a atenção pela classe e profissionalismo. A carta de vinhos é razoável e tem espumantes, vinhos brancos, tintos e laranjas, sempre com opções de rótulos gauchos. Estão disponíveis vinhos em taça, branco e tinto. A carta de drinks, incluem muitos autorais. Bebidas não alcoólicas, infusões, cafés e licores, também estão presentes no cardápio. A adega é linda e moderna, com disposição das garrafas e controle da temperatura perfeitos. O cardápio é enxuto com opções de entrada, primeiro prato, prato principal e sobremesas, todos criativos e com linda apresentação. Pedi um peixe do dia que estava prefeito, além de um sagu inventivo, feito com uva verde e acompanhado de sorvete de uva, que estava distante de um sagu da vovó, mas gostoso e bem apresentado. O azeite de oliva extravirgem é apresentado em um azeiteiro de cobre estanhado é colocado em um pires, numa porção para que o cliente consuma. Além de dificultar a colocação no prato, não estão indicadas quatro informações importantes: Marca, data da embalagem/validade, ano da safra e espécie (s) de azeitonas utilizadas. Segundo informações obtidas, o azeite é marca RAR e portanto sua origem é Chilena. Um lugar com toda esta classe, merece um azeite de oliva e extravirgem produzido no Rio Grande do Sul. Não tem álcool gel nas mesas, o cardápio não é digital e as letras do cardápio impresso são muito pequenas (existe a alternativa de visualizar o cardápio no site do restaurante, mas o ideal é colocar um QR Code que leve ao cardápio digital). Os guardanapos não são envelopados e os talheres não são ensacados. Existe um apoio para evitar que os talheres descansem e não sujam a toalha. O custo x...
Read moreFomos conhecer o Benjamin, hypado e recém duplamente premiado pela Prazeres da Mesa como melhor restaurante do sul do Brasil, no sábado no almoço. Para iniciar, o ambiente é brega, novo com cara de antigo (no mau sentido). Madeiras em excesso, umas correntes nas janelas que roubam a luz natural e mais parecem tecido de proteção de obra do que decoração. Mas OK, fomos para comer, não é mesmo? Os valores do menu justificam o fato de que, em um sábado lindo, sem uma nuvem no céu, a ocupação fosse de míseras três mesas. São pratos individuais mal servidos e mal pensados com valores bastante elevados. Pedimos um arroz frito com polvo e camarão, para dividir e pães de entrada. Santos pães! O prato vinha com dois tentáculos pequenos de polvo, dois camarões médios e um tijolo de arroz, provavelmente uma releitura malfeita de bolinho de arroz sem qualquer tempero. "Tudo" isso, que mal servia uma única pessoa, por 159 reais. Camarão duro, além do ponto, e polvo borrachudo e sem tempero. Por sorte, teve o pão, e o vinho, escolhido a dedo de uma carta de vinhos hiperinflacionada e não compatível com o restaurante e os preços do menu. Champagne a 2900, 2800, 1150 reais sem pratos compatíveis, sem um menu degustação digno de estrela Michelin que aceitasse uma fortuna por uma bebida que harmonizasse. Vinhos tintos? De arrancada, um Barbaresco de 7500, um Brunello de 3900 e por aí vai, com a carta ordenada dos mais caros ao "barato" Languedoc IGP de 180 reais, vinho honesto e gostoso, se custasse 120. O cliente se sente humilhado por escolher o último item do menu. Tanto é que um casal que chegou depois de nós passou 10 minutos olhando o menu, pediu desculpas, levantou e foi embora sem consumir: que sortudos!! Em suma, uma decepção amarga e salgada. O garçom que recolheu nossos pratos cheios de comida não questionou se estava bom ou por que tínhamos deixado a comida no prato. Nós é que decidimos comentar que os frutos do mar tinham vindo totalmente fora do ponto. O prato foi para a chef, que orientou o garçom a nos permitir escolher outro prato. Não quisemos. Nos ofereceram sobremesa, a qual também rejeitamos. Mas não ousaram isentar a cobrança do prato que, com vinho, pão, água e serviço (que é cobrado a 13%, e não 10% - alô, São Paulo!!!), deixou a "experiência" na bagatela de 416 reais e duas barrigas roncantes. Pra não dizer que não falei de flores, nos isentaram o estacionamento (R$12,00, no prédio próprio) em função do problema...
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