Estado de Inca – Mais que Bar
Num canto escondido da noite urbana, vive o Inca — bar, abrigo, cabana. Ali o sagrado e o profano se entrelaçam, entre bonecos que dançam e risos que se abraçam.
Na entrada, um guardião de quatro patas, o Cusco, olhar de rei e coração de urso — desajeitado e nobre, cão dos deuses do bar, que trocaria a eternidade por um gole de IPA no ar.
A lhama? Sim, a lhama existe. Preside a farra com olhar que insiste: “Vocês são estranhos, mas tão verdadeiros.” E segue julgando bêbados e os roteiros.
Torneiras de cerveja, como promessas abertas, servem loiras, IPAs, pretas e ofertas que fazem a alma dançar e o fígado sonhar, com um gole sagrado no templo deste bar.
Tati sorri e repete como quem sabe de tudo, Tommy filosofa entre o riso e o absurdo. Cassi encanta com a gargalhada escancarada, e a cada evento, uma “quase” namorada.
Deos já foi Zeros — hoje ostenta uma calva. Patusco circula com ar de pantera, sombra felina na luz da tapera.
E Ramiro, que um dia foi Sebastian, rima, canta Pelé — com alma de Mamonas, pena que nunca foi de Fé Na Farofada Fantástica ele vira criança, e no ano que vem, põe dez mil com uma puta confiança!
E ali, no som, Jonny — punk de coração, toca pra alma, não pra aprovação. Cada acorde dele é um abraço que vibra, um hino pra quem nunca se equilibra.
Às vezes, alguém tatua uma lhama no braço, ou o nome do bar no mais louco pedaço. A agulha dança com álcool e riso, marcando na pele o mais belo improviso.
E há água, sim — fresca, de graça. Como um milagre que a sede abraça. Porque no Inca, o essencial é sabido: que sede se mata e amizade é o sentido.
Tem um balão, já estourado, que voou antes da hora, em meio a sorrisos e uma quase demora. Foi antes de uma má fé, num tempo menor, mas ficou como lenda — um legado maior.
E o melhor de todos? Mora em frente, sem segredo, com comanda número 0, memória e enredo. Seu filho, comanda 3, segue o rito sagrado: pai e parceiro, fiéis ao bar encantado.
E todo mês de junho, o lugar se transforma: aniversário do Cassianis — já virou norma. Mais de cem confirmados, sem saber o azar: ninguém cabe, mas todos cabem — é o Inca bar.
Inca não é bar. É um estado de espírito, onde o riso é solto e o caos, é legítimo Onde a vida é intensa, leve, irreverente — e o tempo se curva diante da gente.
Então brinda, Cusco,com tua pata no ar Brinda à vida, aos amigos, ao sagrado bar Porque o Inca não é bar - é casa, por que não altar? e rumo aos 10, por que não cem anos...
Read moreEstive na casa em uma terça de promoção que mais parecia um ritual sagrado de boa cerveja: Pint a preço de half em todas as torneiras (média de R$ 11 por quase meio litro de chope na promoção e média de R$ 16 fora dela). Tempratura perfeita e variedade incrível em 19 torneiras tão bem distribuídas em estilos que não se fazia necessário nenhum outro bico. Acompanhei a breja com o glorioso poncho (cachorro quente gigante com salsicha alemã Frankfurt melhor que qualquer exemplar da serra gaúcha - R$ 18,00), depois fomos de pasteletas recheadas muito bem preparadas (R$ 15,00). A pizza não coube no estômago, mas é deliciosa e barata. O atendimento é tão bom que, na verdade, deve ser chamado de acolhimento, pois atendimento fica muito pequeno pra definir. Ambiente temático e aconchegante, água mineral gratuita pra hidratar-se e milho inca crocante assado de tira gosto com o primeiro pint. Estando por POA o Inca é parada obrigatória. Não é exagero dizer que é a melhor casa de cerveja que já visitei. A sensação é de ter encontrado o Eldorado...
Read moreAmbiente muito agradável. Achei interessante a possibilidade dos cachorros poderem transitar entre os clientes. A carta de cervejas em barril é bem grande e a qualidade é excelente (os preços também, ao menos no período de happy hour ficam bem atrativos). Para qualquer pedido, é necessário ir ao balcão ou diretamente no bar. A pizza é bem boa, demora um pouco para servirem (ela é feita na hora, aparentemente). A massa excelente e recheio bom. O ponto negativo que eu notei foi o prato "Filé com Gorgonzola" (o nome é este ou mais ou menos este). A carne estava ok, sem problemas, mas o molho achei detestável. Me pareceu ter muito amido de milho, gosto zero de queijo e muito menos gorgonzola. Provei o molho de dois pratos de amigos e estavam com o...
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