O Forte de São João Batista do Brum localiza-se no bairro do Recife, na cidade do mesmo nome, no estado de Pernambuco, no Brasil. Erguia-se ao norte da primitiva povoação do Recife, no istmo de areia que a ligava a Olinda. SOUSA (1885) denomina-o simplesmente de Forte de São Jorge, localizando-o meia milha ao sul do Forte de Santo Antônio (ver Forte de Madame Bruyne), no lugar chamado Fora de Portas. Nesse sentido, este seria o também denominado Forte de São Jorge Novo. De acordo com o autor, sobre os alicerces de uma antiga trincheira portuguesa, conquistada pelo corsário inglês James Lancaster em abril de 1595 (ver Forte de São Jorge Velho), os neerlandeses edificaram o Forte do Brum. Atribui, incorretamente, o sobrenome Brum ao General neerlandês Vanderbourg, registrando que a estrutura era denominada pelos pernambucanos como Forte Perrexil.[1] GARRIDO (1940) localiza a Fortaleza do Brum poucos metros ao norte do Forte de São Jorge, meia milha ao sul do Forte de Santo Antônio, complementando que foi iniciado em 1629, pelo engenheiro Diogo Pais (Forte Diogo Pais), com a função de defesa da barra do Recife.[2] Na iminência da segunda das Invasões holandesas do Brasil (1630-1654), face à precariedade das defesas do Recife, o Superintendente da Guerra da Capitania de Pernambuco, Matias de Albuquerque (c. 1590-1647), ordenou a demolição do arruinado Forte de São Jorge, e com o material deste, e a sua artilharia, a construção de um novo forte. GARRIDO (1940) reporta que o forte sofreu reparos em 1886, e melhoramentos, no montante de 11:888$000 réis, em 1889. Em 1907 exigia reparos gerais, particularmente no esgoto e na iluminação, tendo se providenciado o mais urgente em 1908, e se destinado uma verba de 14:000$000 réis para o ano de 1909. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), foi guarnecido, a partir de 1915, pela 2ª Bateria do 4º Batalhão de Posição da Bahia.[13] A partir de 1934, o General Manoel Rabelo cogitou reformar as suas instalações para aí instalar um Museu Militar. Permanecia abandonado ainda em 1938, abrigando famílias de baixa renda.[14] De propriedade do governo do Estado de Pernambuco, foi tombado pelo IPHAN desde 1938. Em meados do século XX, serviu como depósito da 7ª Região Militar,[15] e como posto de alistamento. Sofreu pesquisa arqueológica parcial em 1985, pelo Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco, em colaboração com o Comando Militar do Nordeste, a 7ª Região Militar e a Fundação Joaquim Nabuco. Na ocasião foi pesquisada a Praça de Armas, descobrindo-se algumas das primitivas estruturas do forte, inclusive a cacimba de água. Administrado pelo Exército brasileiro, encontra-se restaurado e aberto ao público, abrigando, desde 5 de janeiro de 1987, o Museu Militar do Forte do Brum (MMFB), que exibe armamento e peças...
Read moreO Museu Militar do Forte do Brum (MMFB) encontra-se instalado no Forte do Brum - Construção inicial portuguesa, em 1629, por ordem do Governador Matias de Albuquerque, recebeu a denominação de FORTE DIOGO PAES, tendo como objetivo reforçar a entrada da barra do Porto do Recife contra invasões. Em 28 Fev 1630 foi ocupado pelos holandeses, que prosseguiram a construção (1630-1631), usando como material a taipa (areia e faxina) e denominaram-no de FORTE JOHAN BRUYNE. É monumento dos mais antigos do recife, ultrapassando seus 380 anos de existência. O MMFB foi construído em tempo de guerra. Primeiramente, Diogo Pais iniciou a sua construção em local estratégico na estrada do Porto do Recife, onde os navios, após contornarem os arrecifes, necessariamente aproavam em direção ao forte, o que lhes conferia uma extraordinária condição defensiva.
A sua posição foi escolhida por Matias de Albuquerque, testada durante as incursões corsárias, sendo depois ocupado pelos invasores, que concluíram a sua construção, com muita dificuldade, devido os ataques das Companhias de Emboscadas. O forte ficou conhecido pelos luso-brasileiros como FORTE DO BRUM, em homenagem ao Presidente do Conselho de Guerra Holandês de Ocupação, Johan Bruyne. Em 1654, com a Rendição na Campina da Taborda, o Forte troca novamente de bandeira.
O governador BERNARDO DE MIRANDA HENRIQUES, em 1667, solicita ao Rei permissão para restaurar o Forte do Brum, considerando a importância de sua posição para a defesa da Capitania. A maior dificuldade encontrada para a sua restauração foi a falta de matéria-prima e os arrecifes tornaram-se a sua principal fonte. A reconstrução foi concluída em 1690 e as obras complementares estenderam-se até 1715. Na reconstrução foi erguida uma capela, em homenagem a São João Batista, o que conferiu à fortificação o nome de Forte de São João Batista do Brum.
No início do Séc XX, instalou-se ali a 3ª Bateria Independente, subordinada à extinta 5ª Região Militar, hoje 7ª Região Militar. Em 1916, o Forte do Brum recebeu a 2ª Bateria e veio a integrar o 4º Grupo de Artilharia. Durante a 2ª Guerra Mundial serviu para acantonar diversas unidades de Artilharia em formação. Já na década de 50, o Forte foi tombado pelo Patrimônio como Monumento Histórico. Em 1959 foi ocupado pela 21ª Circunscrição do Serviço Militar até o ano de 1981. Em 1985 passou por nova restauração sob a orientação técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e, na jurisdição do Ministério do Exército, e com o patrocínio de instituições públicas e privadas, foi aberto à visitação pública.
Em 1987 foi inaugurado ali o MUSEU MILITAR DO FORTE DO BRUM (MMFB), em homenagem ao SOLDADO NORDESTINO, contendo exposições com obras que retratam a participação do soldado nordestino na...
Read moreExcelente passeio pelo Recife antigo, recomendável para conhecer a história da cidade, sobre os combates com invasoões, informações sobre armamentos e munições utilizadas nas batalhas, pessoas impontantes nos combates, relíquias achadas em escavações no local e outros objetos do acervos doados por outras instituições, invasão holandesa, o progresso de crescimento de recife, etc. Há obras tbm de artistas que retrataram batalhas importantes, uma capela e uma pinacoteca com informações de armamentos. A entra é 5 reais, mas vale muito a pena pela manutenção do local, treinamento dos guias e pela infraestutura do local. Abre as 9h durante a semana. Antigo forte consturído no século XVI e primeiro construído na capitania de Pernambuco, hoje funciona como museu militar. Sofreu vários ataque no início da colonização devido a prosperidade da capitania, foi destruído e reconstruído várias vezes ao longo...
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