Casa Tatuapé (Casa mais antiga da zona Leste) e considerada a casa número 1 do bairro. Acervo mais antigo do Museu da cidade de São Paulo. Possivelmente construída entre os anos de 1668 e 1698. Em meados do século XIX sediou uma olaria onde foram produzidos telhas e tijolos, e no século XX foi sede da Tecelagem Textilia. Porém, a compreensão das relações originais com a paisagem desse raro remanescente da arquitetura colonial do bairro do Tatuapé é dificultada devido à redução drástica do seu terreno, à retificação do rio Tietê e à canalização do córrego do Tatuapé. Localizada próxima ao rio Tietê e ao córrego Tatuapé, a escolha de sua implantação está diretamente relacionada às condições ambientais e às facilidades de locomoção e transporte, visto que os rios eram grandes fornecedores de recursos minerais, alimentares e verdadeiras vias de locomoção. Rio Tietê. E foi desse rio que o barro das paredes do Museu foi retirado para a levantar a casa. Característica entre as construções coloniais no planalto paulista, o uso da técnica da taipa de pilão consistia em socar bem o barro, com uma mão de pilão, entre as pranchas verticais de madeira (taipal), formando-se assim espessas paredes. Com longa ocupação, mais de 300 anos, a Casa do Tatuapé foi espaço de morada, convívio e trabalho de muitos indivíduos. Edificação rural durante a maior parte do período colonial, em 1836, figura no espaço pela primeira vez a presença de "casas de olaria cobertas de palha e forno e queimar telha". Toda a construção fora feita por indígenas que foram escravizados e, segundo os vizinhos, é possível ouvir gritos, batuques e sons de correntes se arrastando pelo espaço. Dizem que são os espíritos dos escravizados, que ainda esperam por justiça.
Experiência incrível com o educador professor universitário de Filosofia chamado Marcel, excelente conhecedor da história do local e sobre a história do Brasil, alem dos debates filosóficos inteligentes. O espaço possui um lindo jardim e um pau-brasil de 150 anos. Interessante o mapa sobre os rios da região comparado ao atual cenário...
Read moreA casa é um amor, um dos poucos pontos de conexão com uma São Paulo que não existe mais. A pesar de eu ter amado ela foi a unidade que eu achei mais fraca das que eu fui e que seu melhor atributo é casa antiga. Mais alguns motivos:
Primeiro, a exposição permanente é curta, eu esperava ver mais sobre a história do bairro e seu desenvolvimento, mas ela é mais focada na história da casa e tenta contar sobre o cotidiano de quem morou lá. Mas nessa última parte deixa a desejar apesar de tentar fazer isso com as poucas fotos, textos e objetos arqueológicos.
Segundo, o projeto de museu é pouco ambicioso, se exposição permanente é curta tem uma conexão clara com o projeto do museu que é para ser algo de passagem. Ele é montado para ser algo secundário se vc está na região (eu mesmo só fui porque estava no parque Belém com tempo de sobra) ele não tem a intenção de ser o carro chefe da sua visita pela região. Por isso falta permanência no museu, não tem bancos o espaço em volta da casa é pequeno e apertado.
Terceiro, o que realmente estraga o museu é a falta de conexão com a região, a casa já é escondida numa área de residências individuais onde eu me lembro de só uma placa indicando o caminho. Para quando chegar ver que ela tá espremida ali pelas outras casas num terreno pequeno, não terem expandido o terreno dela criando até uma praça é um erro poderia ser em todo o quarteirão ou pelo menos só metade e até colocar outro equipamento público junto nesse terreno ia ser bom porque chamaria mais visitantes.
Concluindo vale a visita se não for seu principal objetivo, exposição permanente é curta mas tem boas curiosidades e se tiver sorte como eu tive a de ter uma ótima exposição temporária (A minha foi da série Memórias de Resistência: Brenda Lee, exposição maravilhosa) vai valer mais a pena.
Mas real espero que explorem melhor o espaço...
Read more🏛️ Informações básicas
Nome: Casa do Tatuapé
Endereço: Rua Guabijú, 49, Tatuapé, São Paulo – SP
Bairro: Tatuapé, Zona Leste
Horário: de terça a domingo, das 9h às 17h
Entrada: gratuita
🏗️ História & arquitetura
A casa foi construída entre 1668 e 1698, em terreno que pertencia ao padre Matheus Nunes de Siqueira. Quem construiu foi Mathias Rodrigues da Silva.
É uma construção em taipa de pilão (um método antigo de construção com terra compactada)
Possui seis cômodos + dois sótãos.
Diferencia-se de outros exemplares coloniais por ter um telhado de “duas águas” (ou seja, duas superfícies inclinadas simétricas para escoamento de chuva)
🔧 Uso, conservação e atualidade
No século XIX, a casa foi usada como olaria, fabricando telhas, e depois, com a imigração italiana, também tijolos.
Em 1945, após a morte do proprietário Elias Quartim de Albuquerque, o imóvel foi comprado por uma empresa têxtil (Tecelagem Textília) e com o loteamento da propriedade ficou num terreno pequeno, cercado por construções vizinhas, o que prejudicou a visão original do sítio.
Em 1979-80 foi adquirido pela Prefeitura de São Paulo. Houve intervenções arqueológicas e restauração em conjunto com o Museu Paulista da USP.
Restaurou-se madeiramento, telhado, janelas, portas, etc. Também conserva o piso em “terra batida” em alguns cômodos para manter características históricas.
Foi aberta para visitação ao público em 1981. Teve nova obra de preservação em 1991 e reabertura em 1992, voltando a abrigar atividades...
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