Sunsaki e Paris 6 bebem da mesma fonte: restaurantes que miram no mesmo público, com foco no espetáculo, mas entregando pouco em substância. A diferença é que o Sunsaki Sushi consegue ser ainda mais perverso em sua narrativa, pois tenta ludibriar o cliente com truques diferentes e mais dissimulados.
Enganação número 1: o “rodízio premium” O cardápio vendido como completo e diferenciado não existe de fato. Diversos pratos anunciados simplesmente não estão disponíveis, e ninguém se dá ao trabalho de avisar com antecedência. Em nossa visita, das várias etapas prometidas, recebemos apenas quatro. O chamado “wagyu” estava muito aquém de qualquer padrão minimamente aceitável — carne dura, sem marmoreio, provavelmente de gado mestiço. O “bluefin” anunciado? Mais parecia um “Brasilfin” genérico, sem frescor, sem textura, um insulto ao nome.
Enganação número 2: o serviço O Sunsaki deveria ter placas de alerta iguais às de montanha-russa: “cardíacos, não embarquem”. Você se senta e logo um funcionário aparece com uma explicação marqueteira sobre o conceito do restaurante. Mas logo descobre que o “rodízio premium”, que teoricamente permitiria escolher entre etapas e pratos, não dá tempo de acontecer. O garçom já seleciona sozinho uma série de pratos exóticos e adocicados, sem se preocupar minimamente com a preferência do cliente.
É nesse momento inicial que ainda há alguma atenção. Depois disso, pedir uma bebida vira uma batalha épica. A sensação é de abandono completo. E quando menos se espera, começa a avalanche: uma saraivada de pratos que você não pediu, colocados em cima da mesa em velocidade tão absurda que seu cérebro não consegue processar o que está acontecendo.
O resultado? Uma mesa abarrotada, pratos se misturando, e uma experiência que mais parece uma competição de resistência do que um jantar.
Enganação número 3: a comida Aqui entramos no coração da arapuca. A maioria dos pratos é construída sobre salmão e açúcar. Quase tudo é doce, preparado com antecedência, refrigerado até perder textura e servido gelado. Nigiris mornos, sashimis semi-congelados, arroz sem tempero, peixes oxidados. O famoso “azeite trufado” aparece em profusão, eliminando qualquer nuance de sabor e transformando todos os pratos numa massa de gordura aromatizada artificialmente.
E o pior: você paga pelo “menu premium” e não recebe sequer o básico que está escrito no cardápio. Bluefin? “Hoje está em falta”. Ora, cobra-se o valor cheio, mas não se entrega. Inaceitável.
As apresentações são cafonas e teatrais: luzinhas piscando, fumaça, pirotecnia, shimeji servido em papel alumínio com gosto de geladeira. Tudo para disfarçar a execução malfeita e os ingredientes de baixa qualidade.
O ambiente Se a comida já é sofrível, o ambiente não ajuda em nada. Uma mistura bizarra de cyberpunk barato com casa de massagem. Luz vermelha de motel, samurais verdes projetados atrás do balcão, sons e imagens desconexos que criam um cenário mais infernal do que acolhedor. O excesso visual é tão grotesco que torna impossível distinguir os pratos e se concentrar no que se come.
O staff No andar “premium”, apenas um garçom se desdobrando para atender todos. Ele se esforçava, mas sozinho é impossível. O sushiman, com expressão de exaustão, tentava dar conta de pedidos acumulados, mandando pratos aleatórios para mesas novas e antigas, sem respeitar qualquer sequência do menu. Claramente não há estrutura para o que o restaurante promete.
Conclusão O Sunsaki não entrega nem 30% do que vende. Não é só falha de execução: é uma estratégia consciente de ilusão gastronômica, onde se vende luxo e se entrega improviso barato.
A nota é 2 de 5 apenas pela diversão involuntária da experiência: rir da cafonice, do caos e da farsa foi mais interessante do que qualquer...
Read moreO rodízio é sensacional. Tem muita variedade, opções diferentes do comum e com ingredientes premium, mesmo no rodízio comum. Há complexidade nos sabores, a apresentação é bonita, a qualidade dos ingredientes é boa, os pratos são bem preparados e muito bons.
Uma das pessoas que estava na mesa pediu um prato a la carte e era muito bem servido, além de delicioso. Custou 71,40.
Me surpreendeu um pouco estar cheio às 20h em uma terça-feira comum, ficamos por volta de 40 minutos esperando uma mesa de 6 pessoas, mas talvez seja porque realmente é bem bom. A recepcionista era muito solicita e simpática. O rodízio custa 164,90 por pessoa durante a semana e 174,90 no final de semana.
Pedi um drink que também estava bem gostoso (cosmopolitan), que foi por volta de 37,00. O banheiro é muito lindo (tem vídeo aqui) e tem um espaço lá em cima que também é muito bonito, mas estava fechado no dia.
O atendimento até certo ponto foi muito bom. Porém, ao final da noite, por volta de 22:30-23h (nos sentamos às 21h por conta da fila), já tínhamos pedido uma sobremesa de cada para a mesa, para todo mundo experimentar, mas ainda tínhamos direito a pedir outras, pois estávamos em 6. Quando fomos pedir, o garçom nos informou que a cozinha já havia fechado e não poderíamos pedir mais nada. Poxa, ainda estávamos comendo, foi nossa primeira vez no restaurante, ninguém veio nos avisar absolutamente nada e algumas pessoas nem chegaram a experimentar algumas das sobremesas. Isso me decepcionou um pouco.
Na hora de pagar a conta, vem as sugestões de 10 e 13%. Decidimos pagar 12, e assim o fizemos para 4 pessoas. Na hora do ultimo casal pagar, nós falamos o valor, mas ainda assim o garçom passou o valor restante total da conta para esse casal (eram em torno de 15,00 a mais), sendo que um deles nem tinha pedido o rodízio, então era uma parte realmente menor. Eles só se deram conta quando já tinham passado o cartão, e o garçom que estava cobrando falou “agora já passou”, mas ele tinha nos ouvido pedindo um valor especifico pra eles. Não achei isso nada legal.
Dito isso, provavelmente voltaremos, mas tentarei ir mais cedo para conseguir comer a sobremesa com calma, e ficarei mais atenta à hora da conta. O final me decepcionou um pouco, mas acredito que o restaurante tenha espaço pra melhora e vamos dar...
Read moreEmpresa originária de Niterói/RJ. Aparentemente, trouxe consigo - não sei como - a clientela que frequenta os bares do RJ: agitada, informal e fala muito alto. O Sunsaki tinha tudo para se tornar um local agradável com bons pratos ao estilo japonês, mas tornou-se um local de "happy hour" estilo praiano, porém sem praia. Explico. O local é de fácil acesso e bem agradável, se considerados o endereço e o jardim ao redor. O recepcionista é elegante e bem educado (ponto positivo). Quando você entra, depara-se com mesas repletas de turmas que mais recordam bares e comemoração de aniversário. Ou seja um ambiente que nada tem a ver com um típico restaurante japonês. O excesso de informalidade marca a clientela que frequenta o lugar. Por exemplo, mesmo na capital do país, à noite e numa época em que a cidade ainda está vazia, é possível ver pessoas de chinelo e bermuda, como se estivessem saindo da areia da praia, que não existe em Brasília. Alguns jovens casais marcam o lugar. Porém nada que lembre outros restaurantes japoneses da capital, em que a frequência é mais requintada. O atendimento é razoável. Ponto positivo para a garçonete Ane, atenciosa e bom humor. Os demais indicam que ainda estão em treinamento ou que estão acostumados a lidar com clientela de buteco popular. Ponto positivo para o cardápio. Apesar de servidos em pequena quantidade e tamanho menor que o usual em Brasília, a comida é saborosa. O cardápio precisa melhorar. A apresentação dos pratos no cardápio digital não deixa claro as opções. O preço: consta da foto. Em janeiro 2025, rodízio de R$ 182,00. Com gorjeta, sobe para R$ 200,00 por pessoa. Se você estiver a fim de levar sua companhia para um lugar romântico, tranquilo ou, no mínimo, requintado, o Sunsaki não é o lugar indicado. Se você gosta mais do astral do Libanus ou qualquer bar agitado ou barulhento, esse é seu lugar. Só vai mudar o tipo de refeição. Sunsaki, um butecão japonês com jeito carioca de ser....
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