Passo a passo, Francesco chega ao balcão onde os tomates o esperam. Com a ajuda de uma assistente, coloca dentro do pote de vidro e vai jogando o tempero: alho, óleo, orégano.
Os 93 anos não permitem mais que o cozinheiro abra massas e faça grandes obras na cozinha.
Ainda assim, passo a passo, no seu ritmo, ele faz questão de ajudar a bater a sardella e dar o seu tempero ao tomate seco. Há 58 anos, Francesco Cammilleri traz a Ribeirão Preto um pedacinho de Itália.
Em 1989, quando recebeu o título de cidadão ribeirão-pretano, o jornal Fattos já dizia: “Ribeirão tem muito a agradecer à Francesco”.
Hoje, as homenagens e honrarias que recebeu estão penduradas na parede de entrada da cantina Bella Sicília, junto aos quadros da Itália e as muitas fotos que contam a história do italiano que deixou sua terra esfacelada pela guerra e veio tentar uma vida melhor no Brasil.
Título de comendador, carta do Senado Italiano, diploma de pioneiro no comércio do Centro de Ribeirão são alguns dos títulos que Francesco exibe com tanto orgulho.
Os 93 anos fazem a fala sair baixinha, devagar, difícil de entender à primeira vez.
Mas família sabe bem porque ele registrou em foto sua partida de barco da Itália e cada conquista em solo brasileiro.
– Eu penso que era muito importante para ele dizer à família italiana que estava bem. E deixar registrada para os filhos essa história que deu certo. Olha que cabeça ele tem!
É a esposa, Sílvia Papa Cammilleri quem. Na foto da partida a família está toda reunida: 20 italianos e um cachorro, no estilo caloroso de ser, dando adeus a um Francesco de 30 anos e cheio de sonhos.
O pai serviu na Primeira Guerra Mundial e o filho na segunda, como motorista de tanque. A dor foi muita. Guerra é um tema que não se fala na casa dos Cammilleri.
Francesco a deixou em solo italiano, quando subiu no navio Castel Bianco em agosto de 1954 e desembarcou um mês depois, no porto de Santos.
– A única coisa que a guerra trouxe de bom foi a vinda do meu pai para o Brasil. Se não fosse isso, não estaríamos aqui hoje contando essa história. Nada mais.
É o filho Salvador quem fala.
Francesco Cammilleri Bella Sicília
Para serem aceitos no Brasil, os imigrantes tinham que ter um emprego certo por aqui quando chegassem. Durante a guerra, Francesco fez amizade com os soldados brasileiros, chamados ‘pracinhas’, que arrumaram toda a papelada.
O emprego que constava no papel era falso, mas um dia depois de desembarcar ele já estava trabalhando em uma tradicional cantina italiana de São Paulo.
Na mesma semana, dividia a jornada em dois empregos: Fasano e Casa Italiana. Foram os dois únicos empregos que teve. Não demorou a se tornar dono do próprio negócio.
Em 1957, abriu em São Paulo sua primeira cantina, “Nel Blu Dipinto Di Blu”, em homenagem à música do italiano Domenico Madugno, que acabou fazendo um show particular por ali. Em turnê pelo Brasil, passou pelo Largo do Arouche e foi logo entrando quando viu o nome da cantina.
Nessa parte da história, Francesco reúne as forças na voz e canta um grave “Volare, ô ô. Cantare”, complementando a trilha sonora da Bella Sicilia, que, no rádio, é...
Read moreFui pela primeira vez após uma busca por restaurantes na cidade. O local me surpreendeu positivamente. Aconchegante com cara de cantina italiana, simples e bom ao mesmo tempo. Se pede um prato, as saladas e antepastos são à vontade, o que é um SUPER ponto positivo. O que me dificultou um bocado foi que, ao pegar todos os antepastos com o mesmo pegador, a salada fica com gosto de coisas que eu não queria. Por exemplo, sou vegetariana e a moça pegou ,para uma pessoa antes de mim, lombinho. Em seguida, pedi alface e rúcula. Ela usou o mesmo pegador e minha alface tinha um gosto ruim. Fora isso, a comida é bem saborosa, com sabor da comida da minha avó italiana. Delícia mesmo! Só gostaria qué tivessem mais opções de massas recheadas vegetarianas, como lasanha, por exemplo. Pedi rondeli de ricota com nozes ao molho 4 queijos. Delicioso. Voltarei, com certeza, mas gostaria de comer salada sem interferencia de...
Read moreJá tivemos coisa melhor época era na são Sebastião mantém o calor da amizade mais tá horrivel macarrão molho pesto pior já comi sobrou td ,só comi muita berinjela e muita abobrinha, não serve uma carne almoço, vão acabar fechando as portas uma pena eles poderiam procurar outro ponto ali não está dando muito certo só quem conhece vai tem um concorrente aí perto que é bar Nelson um respeitado a Parmegiana e serjao lanches . Ou eles reformulem o atendimento e bem familiar como na época do nono nais comida tem mudar para ontem pois pedir molho de calabresa ter mudar pirque nao tem cara e obvio tem de ter nao existe acabou molho em nome da bela cecilia molho pesto já é radical sinto muito na época do nono daria 5 estrela mais comer beringela ,e abobrinha e tudo da vitrine é a base ou de abobrinha ou beringela entao tá péssimo a de bella não tem mais nada ,nono deve estar...
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