Pior hotel onde já fiquei! É tão mau que nem sei bem por onde começar... Começou à chegada, reservei dois quartos e só tinham a confirmação de um. O recepcionista (vestido com umas calças de ganga rasgadas "da moda") tinha meia dúzia de papéis na mão. Eram cinco ou seis reservas e ficou ali dois minutos a passar uma a uma. Parecia que estava a desconfiar do que lhe tinha dito. Quando então puxei da folha de confirmação da reserva que fiz no site Amoma, ainda me diz "pois, de facto estão aqui dois quartos". Entretanto chamou por uma colega, e ao fundo ouviu-se um 'Ahn?' Ficaram ali uns instantes entre 'não é ahn, é vem cá que estão aqui clientes', etc. etc... Entretanto ligou a outra colega, e como que a querer "queimá-la" apontou o telemóvel para nós, para que ouvíssemos a conversa. Do outro lado, a resposta a um 'podes vir cá', ouviu-se um 'e vou aí porqueee..?' Nisto já se ouviam portas a bater pela outra colega e a barafustar sozinha, chegando ao ponto de palavrões serem audíveis. Estava acompanhado duma grávida, e tive que ser eu a lembrar que se calhar era melhor oferecer uma cadeira para que ela se pudesse sentar. Voltas para aqui e para ali, e ao fim de quase meia hora lá resolveram a situação. Apresentaram-nos muitas desculpas e ofereceram bar aberto durante a nossa estadia. Aceitámos e já só queríamos chegar aos quartos. O hotel tem potencial. Apesar de não ver obras desde a inauguração que me pareceu ser de 1991, é um edifício grande e situado numa bonita e simpática vila como é Castro Laboreiro. Chegando ao quarto, deparamo-nos com um cinzeiro cheio de beatas na varanda. E vá lá que tinha cinzeiro, no outro quarto as beatas estavam mesmo no chão da varanda! O endredão tinha marcas de sangue de algum mosquito que foi à vida recentemente. Isto fez-me fazer uma vistoria mais minuciosa ao resto do quarto, e pelo menos não encontrei mais nada a apontar... tirando o minibar cheio de bolor! E já agora, não se deixam cobertores por dobrar no chão do roupeiro. Claramente usados e reusados sem ver uma máquina de lavar roupa há muito tempo. A disposição da casa de banho é ridícula. A banheira é grande tudo bem, agora, um lavatório gigante que metade do mesmo vai parar em cima da sanita!? Para se ter uma noção, eu sentado na sanita, ficava com o lavatório encostado ao peito. Encostado mesmo! Depois de jantar, regressámos então para aceitar a tal bebida no bar do hotel. Ainda desfrutámos da mesa de snooker e o meu irmão desfrutou de ter ficado trancado na casa de banho! Com a ajuda dum cartão, lá se abriu a porta. A situação ainda ficou mais "engraçada" quando o empregado se virou para ele e 'ah, ia-lhe dizer para não fechar a porta, mas...' Ou seja, é uma avaria antiga, mas não se resolve. Quando nos preparáva-mos para subir, o empregado, o mesmo que nos tinha feito o check-in, perguntou-nos o número dos quartos. Percebi logo o que se estava ali a passar. Encaminhando-me para a recepção, pois era ali que estava a senhora que nos tinha oferecido bar aberto, perguntei para que queriam os números dos quartos? O senhor disse que era para saber como fazia com as bebidas, se cobrava agora ou no check-out. Eu perguntei se as bebidas não eram oferta? A senhora prontamente disse que sim. O senhor não sabia. Uma clara falta de comunicação! Dia seguinte, acordar bem cedinho pois o hotel tem um serviço de despertar obrigatório. As janelas não têm estores nem portadas, e os cortinados não chegam para que eu tenha acordado com a sensação de luz de cabeceira acesa! Pequeno almoço: Mesas sujas de hóspedes anteriores. Ao ponto de uma família chegar à sala e não ter onde se sentar. O empregado que lá estava, no início eu não sabia que era colaborador do hotel. Pois estava vestido "à civil". Só me apercebi quando o vi a entrar e sair da cozinha várias vezes. Um rapaz despachado já agora, via-se que estava a dar o seu melhor, mas como os restantes, zero formação em hotelaria! O pequeno almoço era básico mas tudo com bom sabor e fruta fresca. Enfim, nunca escrevi tanto sobre uma estadia (e foi só uma noite!!!), mas é realmente muito mau!