No sofisticado bairro das Laranjeiras, onde pétalas vermelhas se espalham como confete natural sobre gramados bem cuidados, o Parque Eduardo Guinle recebe uma democracia improvável de visitantes - desde intelectuais tomando sol em cadeiras de praia até patos que caminham como se fossem descendentes dos aristocratas originais da propriedade.
Outrora o paraíso particular da família Guinle, este santuário verdejante agora serve como uma aula magistral de modernismo brasileiro mesclado com playground urbano, onde pilares modernistas numerados como sentinelas (repare no #106 montando guarda) criam uma colunata digna da vila de um imperador romano - isso se imperadores romanos gostassem de palmeiras e clubes do livro improvisados em encostas gramadas.
O pedigree do parque parece uma lista dos royalties da paisagem: o mestre francês Gérard Cochet estabeleceu as bases antes de Roberto Burle Marx, o santo padroeiro brasileiro da horticultura teatral, adicionar seu toque mágico. Hoje, essa visão sobrevive em cada gangorra estrategicamente posicionada e em cada peça vintage do playground, incluindo o que pode ser a gangorra mais arquitetonicamente significativa do Rio - uma criação robusta em tronco que faria tanto puristas modernistas quanto entusiastas de playgrounds assentirem em aprovação.
Entusiastas do exercício moderno compartilham espaço com pássaros residentes, criando uma performance improvisada onde patos criticam a forma humana com grasnidos conhecedores. A equipe de manutenção, usando uniformes no que só pode ser descrito como "laranja segurança couture", mantém este antigo playground aristocrático em condições impecáveis, embora os patos pareçam ter um prazer perverso em redecorar imediatamente qualquer superfície recém-limpa.
O gênio está nas camadas: árvores majestosas criam um teto natural de catedral, enquanto as encostas em forma de anfiteatro servem como biblioteca pública da natureza, onde moradores se esticam em cadeiras de praia listradas com livros nas mãos, parecendo estar em Copacabana - só que com mais literatura e menos ondas.
Os edifícios modernistas ao redor espiam através da copa das árvores como vizinhos curiosos, suas linhas limpas e padrões geométricos brincando de esconde-esconde por entre galhos cobertos de folhagem tropical. É como se Le Corbusier decidisse construir uma comunidade na árvore, mas a fizesse chique.
Para as famílias, é nada menos que milagroso. Enquanto as crianças dominam a arte da gangorra (uma habilidade ainda valorizada nos círculos sociais do Rio), os pais podem se juntar à revolução fitness ao ar livre ou simplesmente admirar como o parque consegue fazer equipamentos de exercício parecerem arte instalada. As pétalas vermelhas espalhadas das árvores tropicais adicionam um toque de capricho, como se a natureza decidisse que o parque precisava de seu próprio tapete vermelho.
Só não espere estacionar seu carro - este paraíso, como todos os melhores, requer um pouco de esforço para chegar. Mas os patos locais se viram bem a pé, e parecem ter descoberto o segredo para viver bem neste oásis urbano.
Dica para Visitantes: Chegue cedo para pegar a luz da manhã brincando através da copa das árvores e o coral matinal dos pássaros locais, ou no final da tarde quando o sol poente transforma as colunas modernistas em ouro. Traga um livro - é praticamente exigido por lei municipal - e um respeito saudável pelos patos que claramente se consideram os verdadeiros herdeiros do legado Guinle.
Aviso: Os efeitos colaterais podem incluir uma súbita apreciação pelo modernismo brasileiro, um desejo ardente de instalar uma gangorra arquitetônica em seu quintal, e a sensação inabalável de que os patos estão julgando sua escolha de cadeira de praia.
Nota: As árvores de pétalas vermelhas servem como relógio da natureza, suas flores espalhadas criando um tapete em constante mudança que deixa você saber que está em um lugar onde até o paisagismo tem senso de...
Read moreQuer fazer um rolê super gostosinho no Rio de Janeiro e sem gastar NADA? Dê um pulo no Parque Guinle!
Ele fica no Bairro das Laranjeiras (sim, aquele da música do Nando Reis, onde a Cássia Eller morava!), funciona o dia inteiro e é um verdadeiro refúgio no meio da cidade (principalmente do calor). Com 24.750 m2 de área, o espaço que foi projetado pelo arquiteto Lúcio Costa (conhecido mundialmente pelo projeto urbanístico de Brasília) também contou com modificações paisagísticas de Burle Marx, se tornando um patrimônio tombado, de grande valor histórico. Logo na entrada do Parque, se encontra um parquinho super charmoso, com vários brinquedos de madeira, próximos à uma àrea bem arborizada, o que deixa os pequenos parcialmente protegidos do sol. Além disso, fica ao lado do grande Lago, onde passeam patos, gansos e peixes, o que é um bônus para atrair a atenção tanto dos pais e da criançada, quanto de quem entra no lugar buscando outras atividades: nada melhor do que um curso d’água para diminuir as temperaturas exorbitantes do Rio, não é mesmo? Outros pequenos lagos se espalham pelo caminho, assim como uma variedade gigante de árvores e plantas tropicais, o que torna o lugar super fresco e agradável, ótimo para uma caminhada com seu pet, um pequinique ou um passeio com a família. Para a terceira idade (ou não!), ele ainda conta com uma academia ao ar livre. É um espaço muito democrático, que pode ser aproveitado por todas as idades (e espécies tambem)! Vale super à pena. E para chegar lá é bem fácil: é só descer na estação do Largo do Machado (linhas 1 e 2) e seguir reto até o fim da Rua Gago Coutinho, numa caminhada de uns 4 minutinhos. Ah, e quanto escurecer, aproveita e volta pra praça! Lá tem vários restaurantes, bares e lanchonetes para todos os gostos e bolsos. Você não vai...
Read moreO Parque Eduardo Guinle, localizado no Rio de Janeiro, é um verdadeiro oásis de tranquilidade e beleza natural no meio da cidade. Caminhar por seus caminhos é um convite para relaxar e se conectar com a natureza. Com um clima sempre agradável e suave, o parque é perfeito para aqueles que buscam um refúgio do ritmo acelerado da vida urbana.
O cenário é encantador, com lagoas serenas que refletem o céu e a vegetação ao redor, criando uma atmosfera de paz e contemplação. As árvores majestosas espalhadas pelo parque proporcionam sombra e frescor, tornando o local ideal para passeios em dias ensolarados. É comum ver famílias e amigos aproveitando o espaço para piqueniques, conversas e momentos de descontração.
As crianças encontram diversão nos gramados e áreas abertas, enquanto os adultos podem aproveitar para ler um livro, meditar ou simplesmente admirar a paisagem. A diversidade de plantas e a presença de pequenos animais tornam cada visita uma nova descoberta.
O Parque Eduardo Guinle é, sem dúvida, um dos melhores lugares do Rio para se passar um tempo de qualidade com amigos e familiares. A combinação de beleza natural, tranquilidade e um ambiente acolhedor faz dele um destino imperdível para quem deseja se distrair e recarregar as energias. Seja para uma caminhada tranquila, um piquenique ou apenas para apreciar a vista, este parque é um tesouro escondido no...
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