A Casa do Bandeirante representa um dos exemplares típicos das habitações rurais paulistas construídas entre os séculos XVII e XVIII em vasta área periférica ao núcleo urbano primitivo, localizadas predominantemente junto à bacia de dois rios: o Tietê e o seu afluente Pinheiros.
Neste conjunto remanescente, identificado a partir da década de 30 em princípio por Mario de Andrade e depois por Luis Saia, esta casa representa um raro exemplar de edificação que acompanha as mudanças da cidade de São Paulo desde os primeiros séculos da colonização portuguesa, evidenciando em seu partido arquitetônico e em suas paredes a memória dos processos construtivos da arquitetura colonial paulista, em especial da taipa de pilão.
A história do Butantã, região onde a casa se encontra, remonta ao ano de 1566, quando foi concedida uma sesmaria a Jorge Moreira e Garcia Rodrigues, na paragem conhecida como Uvatantan. Em 1602 há registros dessa propriedade como pertencente a Afonso Sardinha, com o nome de Ubatatá, termo tupi que significa “terra dura”. Posteriormente foi feita a doação de seus bens à Capela de Nossa Senhora das Graças da ordem dos jesuítas.
Com a expulsão dos jesuítas em 1759, a área foi a leilão e pertenceu a vários proprietários, tendo sido adquirida por Eugênio Vieira de Medeiros em 1875, sendo conhecida na época com o nome de “Rio Abaixo dos Pinheiros”.A Cia. City de São Paulo, comprou o imóvel em 1912 e doou à municipalidade, em 1944, a área que incluía a edificação conhecida então como a “Casa Velha do Butantã”. Após a doação o imóvel permaneceu sem definição de uso até o início dos anos 50.
Em 1953, a Comissão do IV Centenário de São Paulo torna-se responsável pela casa promovendo sua restauração, realizada pelo arquiteto Luis Saia e nela instalando a partir de 30 de outubro de 1955, um museu evocativo da época das bandeiras, com acervo próprio, a partir do recolhimento de móveis, utensílios e outros objetos históricos no interior de São Paulo, Minas Gerais e Vale do Paraíba. Acumulando simbolicamente ao longo dos anos identidades diversas, a Casa do Bandeirante está incluída, em caráter permanente, nos roteiros turístico-históricos da cidade, ícone de um passado histórico idealizado, espaço de crítica e contextualização de mitos e documento...
Read moreCasa do Bandeirante Butantã, apesar do nome, nunca morou nenhum bandeirante no local. Em tupi-guarani Butantã significa terra duríssima. A Casa Butantã está localizada na Praça Monteiro Lobato, próxima a Marginal Pinheiros e a USP. Um dos exemplares típicos das habitações rurais paulistas, com modelo de arquitetura bandeirista evidencia em sua arquitetura como a taipa de pilão (barro socado, misturado com sangue e ossos de animais), possui formato retangular, varandas nas duas fachadas ( capela, dormitório oficina, dormitório para hóspedes,, dormitório das donzela, dormitório dos rapazes, dormitório da família, hall social), e as casas estilo bandeiristas localizadas próximo aos rios, nesse caso a Casa Butantã está próxima à bacia de dois rios: o Tietê e o seu afluente Pinheiros. Primeiros relatos do local é do ano de 1602, o primeiro proprietário foi o português Afonso Sardinha, que deixou essas terras de herança aos jesuítas, e depois passou por vários proprietários. Em 1956 transformado em museu. O local possui um jardim lindo, com diversos pássaros (sabiá laranjeira), árvores frutíferas (jabuticabeira, bananeira, jaqueira), além de uma imponente figueira (tombada pelo patrimônio). Perto da saída para o leito do rio Pinheiros, (antigamente o leito do rio invadia o terreno, atualmente é um moedor de milho usado desde os tempos da construção da casa). Antigamente foram erguidos muros para defender a casa dos índios que ficavam...
Read moreHoje 12 de outubro de 2024 voltei a visitar e muito bem recebido pelos encarregados que sem energia elétrica estavam pontualmente a postos, tudo bem cuidado banheiros e bebedouros jardins segurança. Eu já conhecia desde 1975 por morar em Pinheiros e também por lecionar música domicílio no bairro da casa. Hoje porém um especial motivo: estou verificando meus antepassados com nome "de Campos" e "de Barros" da região de Itirapina e por hora na região há um bairro onde o bandeirante Manoel de Campos esteve em expedição um de seus casamentos consta o "de Barros"; a lenda familiar é que meu avô era herdeiro no bairro Canta Galo mas foi deserdado por se casar com uma mestiça negra. Mas eu já me senti bandeirante e fui fazer fotos na casa. Detalhe, são sobrenomes da minha mãe e eu não uso na certidão só tenho o nome sobrenome do meu pai italiano importado, mas sou paulistano típico de 1959. Hoje aos 65 anos fico feliz por esse monumento da cidade e muito relevante para o todos brasileiros. A todos que salvaram esse lugar tenho gratidão e respeito. Obrigado Mario Sergio Fanelli -...
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