O Farol da Boa Nova 1866, 27 janeiro - é reconhecida a necessidade de um farol em Leça ou Leixões, no Plano Geral de Iluminação Marítima da Costa Portuguesa elaborado, pelo inspetor de Faróis Francisco Maria Pereira da Silva; 1881 - Criação da Comissão de Faróis e Balizas, que considerava a instalação de um farol elétrico em Leça; 1902 - nomeação de uma nova Comissão, para rever o plano de alumiamento, que dá parecer negativo a este farol, devido ao porto artificial de Leixões ter um farol no molhe S.; 1919 - determina-se a elaboração dos planos do farol de Leça *1; 1925 - encomenda do aparelho para equipar o farol *2; 1926, 15 dezembro - entrada em funcionamento a titulo experimental, tendo sido a obra dirigida pelo engenheiro José Joaquim Peres; o aparelho produzia grupos de três relâmpagos brancos de 15 em 15 segundos e tinha um alcance luminoso de 43 milhas; desativação do antigo farol da Boa Nova; 1927, 20 de fevereiro - inauguração oficial; 1926 / 1962 - funcionou nas instalações a Escola de Faroleiros; 1950 - demolição do velho farol situado a noroeste do farol da Boa Nova, a cerca de 300 metros de distância; modernização do farol, passando a rotação do aparelho a ser feita por motores elétricos, alimentados por geradores próprios; após - instalação de um ascensor para acesso à lanterna; 1964 - o farol é ligado à rede pública de distribuição de energia elétrica e automatizado, passando a controlar o funcionamento dos farolins do Quebra-mar, dos Molhes N. e S. de Leixões e de Felgueiras *4; 2001 - por já não terem grande interesse para a navegação, foram extintos todos os radiofaróis; 1979 - passa a controlar o funcionamento dos farolins do porto de Leixões (Quebra-mar, Molhe Morte e Molhe Sul) e o farolim de Felgueiras à entrada da barra do Douro; 2016, 16 junho - publicação da abertura de procedimento de classificação de um conjunto de imóveis, como Monumentos de Interesse Municipal, em Anúncio n.º 147/2016, DR, 2.ª série, n.º 114; 2017, 26 maio - publicação do Anúncio n.º 76/2017, DR n.º 102/2017, 2.ª série, n.º 102, relativo à prorrogação de prazo para conclusão do procedimento de classificação do património cultural das freguesias do concelho como Monumentos de Interesse Municipal; 2018 - assinatura de protocolo entre a Câmara Municipal de Matosinhos e a Direção de Faróis, passando a integrar a MuMa - Rede de Museus de Matosinhos, tendo em vista, entre outras medidas, a abertura ao público do farol às quartas-feiras para a realização de visitas guiadas e o desenvolvimento de serviços educativos.
O farol de Leça tinha os seguintes requisitos: uma residência composta de cozinha, despensa, retrete, casa de banho e cinco divisões; cindo residências para faroleiros, do tipo adotado; um quarto para a inspeção, tendo anexo uma retrete; um quarto para dois supras (faroleiros supranumerários); uma sala de visitantes ou vestíbulo; um depósito de material; um depósito de combustível; Em anexo - casa para se instalar um sinal sonoro, com 7x5,5m aproximadamente, tendo junto uma casa para oficina.". *2 - "O aparelho de 3ª ordem, grande modelo, cuja rotação era conseguido por uma máquina de relojoaria. A fonte luminosa principal era uma lâmpada de incandescência elétrica e a de reserva o sistema de incandescência pelo vapor de petróleo. Existia ainda como recurso um candeeiro de petróleo de nível constante, com bico de 4 torcidas". *3 - O antigo farol de Leça assentava numa plataforma de alvenaria construída sobre um rochedo nas traseiras da capela da Senhora da Boa Nova. Era em granito, boa boa cantaria lavrada, ocupando uma superfície de 34 m2, e era constituído por rés-do-chão e dois andares, com acesso interior através de uma escada de madeira helicoidal. *4 - "Esta rede de telecontrolo foi a primeira que...
Read moreWir sitzen hier am Farol de Leça, dem beeindruckenden Leuchtturm von Leça da Palmeira, der majestätisch die Küste überblickt, nur ein kleines Stück nördlich von Porto. Der Leuchtturm, 1926 erbaut, erhebt sich in weißem Glanz und ist mit 46 Metern der zweithöchste Portugals. Heute noch im Betrieb, strahlt er sein Licht etwa 28 Seemeilen weit über den Atlantik hinaus – ein rettendes Zeichen für die Seeleute, die hier entlang der portugiesischen Küste navigieren.
Der Leuchtturm ist besonders markant: Sein zylindrischer Turm steht auf einem quadratischen Sockel, und die schlichte, helle Fassade verleiht ihm ein zeitloses Erscheinungsbild. Die Spitze des Turms ist von einer rot gestrichenen Plattform und einer Laterne gekrönt, die in der Nacht ein Licht aussendet, das rund 52 Kilometer weit sichtbar ist. Diese kraftvolle Lampe dreht sich in regelmäßigen Intervallen und signalisiert so den Seeleuten den sicheren Weg entlang der felsigen Küste.
Das Innere des Farol de Leça ist für Besucher zugänglich, und wer die rund 213 Stufen bis zur Spitze des Leuchtturms erklimmt, wird mit einer spektakulären Aussicht auf die Küste von Porto und Matosinhos belohnt. Von oben aus bietet sich gewiss ein grandioser Panoramablick über die Strände von Leça da Palmeira und den Hafen von Leixões, sowie auf die tosende Brandung des Atlantiks. Diesen Aufstieg sparen wir uns jedoch , da wir auf dem Caminho Portugues weder Zeit noch Lust auf Turmbesteigungen haben. Um uns herum erstreckt sich die Landschaft von Leça da Palmeira, die mit ihrem rauen, natürlichen Charme besticht. Die Küste hier ist von langen Stränden, felsigen Klippen und dem ewigen Rauschen des Atlantiks geprägt. Die salzige Luft mischt sich mit dem Duft der Pinien und niedrigen Büsche, die auf den Dünen wachsen. Ein paar Möwen kreisen über uns und gleiten mit dem Wind über die Wellen, während die Fischerboote in der Ferne ruhig hin- und herschaukeln. Es ist eine friedliche, fast meditative Umgebung – und perfekt für eine Pause.
Dies ist der erste Tag unserer Reise auf dem Jakobsweg, dem Caminho Português da Costa, der von Porto über die Atlantikküste bis Santiago de Compostela führt. Eine Pilgerreise, die uns nicht nur in die Ferne, sondern auch zu uns selbst führen soll. Hier, in der des Leuchtturms, lassen wir uns auf einer kleinen Steinmauer nieder und ruhen uns aus. Die Aussicht, die Weite und das gleichmäßige Pochen der Wellen verleihen dem Moment etwas Erhabenes.
Während wir uns stärken, schweifen unsere Gedanken bereits voraus – eine Mischung aus Vorfreude und Abenteuerlust liegt in der Luft. Wir begegnen anderen Pilgern, einige kommen aus Portugal, andere aus viel weiter entfernten Ländern. Viele haben sie diesen Leuchtturm als ersten Rastpunkt, als symbolisches Zeichen auf ihrem Weg, gewählt. Man sieht ihnen die Erwartungen, die Aufregung und vielleicht auch die leise Sorge über die kommenden Kilometer an, aber alle teilen diesen Moment, diesen Anfang einer ganz besonderen Reise.
Die älteren Mauern und weißen Wände des Farol de Leça haben wohl schon viele wie uns vorbeiziehen sehen. Ein Ort wie dieser, in dem Beständigkeit auf das flüchtige Aufbrechen trifft, scheint das Abenteuer der Pilgerreise fast greifbar zu machen. Hier am Leuchtturm verspricht der Camino uns vieles: Entdeckungen, Begegnungen und eine Vielfalt von Erlebnissen in den nächsten zwei Wochen.
Stand : 30.05.2022 / Caminho Portugues - Tag 1
Denn nur dem, der den Mut hat, den Weg zu gehen, offenbart sich der Weg....
Read moreO Farol de Leça da Palmeira, ou da Boa Nova, é um proeminente farol construído junto a um afloramento rochoso da praia da Boa Nova, município de Matosinhos, a cerca de 1,5 milhas náuticas a Norte de Leixões. Actualmente, abre ao público às Quartas-Feiras, o já que é de louvar num país onde ainda é muito raro musealizar faróis desactivados e abrir ao público os faróis activos (como noutros países) ainda é algo pouco comum. A torre de 46 metros de altura tem uma óptica Fresnel rotativa com seis lentes de cristal, que emite três relâmpagos brancos a cada 14 segundos, visíveis a 28 milhas náuticas.
A necessidade de um farol em Leça foi reconhecida em 1866, no Plano Geral de Iluminação Marítima da Costa Portuguesa, feito pelo técnico Francisco Maria Pereira da Silva. Contudo, em 1902, uma comissão técnica liderada pelo capitão de mar-e-guerra Joaquim Patrício Gouveia, e onde tomavam assento o capitão de fragata Júlio Schultz Xavier e o primeiro tenente Francisco Oliver, deu parecer negativo à localização devido à construção dos dois farolins de Leixões.
Tudo mudou a 16 de Janeiro de 1913: nessa madrugada, o vapor britânico “Veronese” encalhou junto à Capela da Boa Nova, a 250 metros de terra. Procedente de Vigo, fora surpreendido por uma rápida piora do tempo, com mar revolto, chuva forte e neblina e o capitão, Charles Turner, decidiu tentar fundear em Leixões. Nos dias a seguir, procedeu-se a uma operação de salvamento que tirou do navio a maioria das pessoas a bordo. Morreram 38 pessoas e, cerca de um ano depois, naufragaram no mesmo local e quase do mesmo modo os vapores "Bogor" e "Silurian", também com vítimas.
Tais incidentes contrariavam a comissão de 1902 e confirmaram a perigosidade do local pelo que, em 1916, foi erguido um farol provisório atrás da Capela da Boa Nova. Entretanto, em 1919, foi feito o projecto de um farol definitivo, orçamentado em 370 mil contos. O farol, e a escola de faroleiros que aqui foi criada, foi inaugurado a 20 de Fevereiro de 1927, levando à desactivação do farol provisório e do Farol da Luz, no Porto. Aqui permanece desde então, prestando uma valiosa ajuda...
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