“A cultura não é um segmento” Menezes (2003 )
Da mesma forma que a cultura não é um segmento, a cidade também não é. Neste sentido o museu cidade deve conter várias vozes. Assim, O Museu Histórico Abílio Barreto é um representante fiel da cultura da cidade, a partir de um ambiente, à semelhança do urbano, atemporal, ou pluri temporal, e que rompe com o status cerimonioso do objeto museu em detrimento da polifonia típica da cidade e da urbanização. Sem perder harmonia, coloca lado a lado, com o mesmo grau de importância as diversas vozes da cidade. Representando diferentes culturas e consequentemente áureas como as do passado longínquo, do passado recente e até mesmo do presente. Ressalta também aquelas partes mais apagadas da formação da cidade, estes vários fôlegos que impulsionam a cidade estão em extroversão presente e vivaz neste museu. Sente-se realmente dentro da experiência e isso o destoa largamente do Museu de Artes e Ofícios que por sua estrutura neoclássica e a falta de representatividade dos sujeitos que são silenciados em vias de representação dos fazeres. Aspectos que acabam por alienar algum resquício prático para quem não possuí vivência daqueles ofícios extrovertidos. Enquanto todos participam da cidade, o MHAB deixa esta experiência prática e subjetiva in loco. Além de levar a polissemia da cidade para extroversão no museu, após rápida pesquisa nota-se que também busca levar o museu ara a polifonia da cidade. Através de várias ações e de um ambiente multifacetado composto de um prédio histórico e um moderno; palco ao ar livre; pracinha onde jovens se encontram/ exposições internas e externas; ilustre paisagismo de plantas que possuem valiosa representação no contexto mineiro; além de um grande e detalhado mapa de Belo Horizonte no ambiente externo do prédio-sede (prédio mais recentemente construído). Além disso, possuí também diversidade de exposições sendo estas de curta, média e longa duração, com diferentes formas e enfoques. O MHAB também é responsável por uma biblioteca especializada na história de Belo Horizonte e um setor educativo que produz diversas ações junto a sociedade em harmonia com outros museus. Portanto, o ambiente do museu faz um importante trabalho buscando englobar a cidade em sua totalidade histórica, social e cultural. Abrangendo ainda acervos de transportes ao longo dos anos, pinturas e enquadrando dentro do espaço do museu a casa mais antiga de Belo Horizonte (objeto de representação importante do que um dia já a cidade já foi) construída antes mesmo da fundação da cidade, pertencente a um vilarejo anteriormente instituído no local. A casa foi tombada em 1951 como patrimônio...
Read moreUm lugar para encontrar com a história de Belo Horizonte contada de um maneira Moderna e mineira !
Inaugurado em 1943, o Museu Histórico Abílio Barreto - MHAB, como museu da cidade, dedica-se à história, à pesquisa, à produção e à difusão do conhecimento sobre Belo Horizonte. Contribui também para fortalecer os laços de pertencimento identitário e estabelecer diálogo permanente para a construção coletiva das memórias locais.
Situado no bairro Cidade Jardim, seu conjunto arquitetônico compreende o casarão secular, sede da antiga Fazenda do Leitão, construído em 1883, o edifício-sede, inaugurado em dezembro de 1998, o palco ao ar livre e os jardins concebidos como local de educação e lazer. Na área externa, estão em exposição permanente os acervos de grande porte, como o bonde elétrico, a locomotiva a vapor, o coche, carro de boi, entre outros.
O Museu oferece aos visitantes exposições de longa, média e curta duração que retratam diferentes aspectos da história de Belo Horizonte, atividades de educação para o Patrimônio e atividades de difusão cultural, reafirmando seu papel como lugar de disseminação e valorização da produção cultural...
Read moreUma pena que a exposição dentro da casa é muito ruim! Foi uma total decepção, fui pensando que encontraria-a como vi há alguns anos atrás: com móveis antigos, da época do casarão, e outros artefatos que contam a história da cidade; em lugar disso, uma exposição bastante fraca. Descobri, porém, que a exposição do casarão é itinerante, logo, há chances de que a antiga volte! Ainda assim, há outras exposições interessantes nas outras duas salas do museu (no outro prédio), destaco uma sobre a comissão construtora de Belo Horizonte, riquíssima em materiais e que acaba este mês (set/17), e, é claro, a permanente exposição do bonde da cidade, um coche e da primeira Maria fumaça de BH, que transportava os materiais para a construção da nova...
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