A história do Teatro Sérgio Cardoso começa no ano de 1954, quando o ator e sua esposa, a atriz Nydia Licia, caminhavam a pé pelo bairro paulistano do Bixiga, de madrugada, voltando das gravações do filme “O Incêndio”, e descobrem na Rua Conselheiro Ramalho o antigo Cine Teatro Espéria. Vislumbraram no velho casarão abandonado, escondido atrás de um tapume e em vias de ser transformado em um mercado ou uma garagem, a oportunidade de realizar um sonho e ter um teatro próprio. Contataram os proprietários do imóvel e formalizaram o aluguel do espaço por dez anos, com opção para mais cinco. O passo seguinte foi a busca de parceiros para a empreitada de reformar o edifício com o objetivo de transformá-lo no teatro mais moderno e confortável da cidade de São Paulo. Para tanto, convidaram os engenheiros Otto Meinberg e Ricardo Capote Valente, que aceitaram o desafio. Assim foi fundada a Empresa Bela Vista, que seria responsável pela reforma e administração do teatro. Em seguida, teve início uma exaustiva campanha para angariar sócios e fundos para concluir a obra. Paralelamente, fundaram uma Companhia com atores jovens e idealistas. Foi assim que, aos 31 anos, Sérgio criou, ao mesmo tempo, um teatro e uma companhia.
A Companhia iniciou suas atividades no Teatro Leopoldo Fróes, ainda em 1954, apresentando “O Lampião”, drama de Rachel de Queiroz, com cenários e figurinos de Aldemir Martins, músicas folclóricas selecionadas pelo cineasta Lima Barreto e direção do próprio Sérgio Cardoso, que também interpretava o papel principal. Integravam o elenco Araçary de Oliveira, Rubens de Falco, Leonardo Villar e Carlos Zara. Apesar de uma estreia tumultuada, particularmente na parte técnica, muitas pessoas consideram que essa foi a maior interpretação do ator. A segunda peça encenada foi “Sinhá Moça Chorou”, uma comédia de Ernani Fornari, com cenários e figurinos de Anita de Athayde, também dirigida por Sérgio, que desta vez representou apenas um pequeno papel.
O teatro ficou pronto após dois anos de reformas e recebeu o nome de Teatro Bela Vista. O espetáculo de estreia, em 15 de maio de 1956, foi “Hamlet, Príncipe da Dinamarca”, de Shakespeare. Num texto traduzido pelo poeta Péricles Eugênio da Silva Ramos, a encenação contou com cenário e figurinos de Eduardo Suhr, música especialmente composta pelo maestro Enrico Simonetti e gravada pela Orquestra Sinfônica Municipal. Sérgio Cardoso foi o primeiro diretor brasileiro a dirigir e interpretar um texto de Shakespeare em São Paulo. Em 2004 o Teatro Sérgio Cardoso passou a ser administrado pela APAA – Associação Paulista dos Amigos da Arte. A partir deste momento teve os camarins, salas de espera e plateias remodeladas. As instalações técnicas também foram modernizadas e as salas receberam novos equipamentos de áudio e iluminação, principiando uma nova fase de sua história e criando um dos maiores e mais bem equipados palcos do Estado...
Read moreO Teatro e bem organizado o café e bem bacana os funcionários são educados e prestativos mas a acessibilidade para assitir o espetáculo não existe ! Se tiver baixa visibilidade ou cadeirante vai sofrer bastante levei minha mãe e foi bem complicado ela terminou o espetáculo junto com os bombeiros, as próprias pessoas que entram no teatro não respeitaram o andar vagaroso de quem tem restrição de mobilidade e baixa visão! Descer uma escadaria com as pessoas passando e quase empurrando pra passar foi terrível senti uma tristeza profunda 😢 que se misturou com revolta.Fica o alerta pra quem for necessitar de acessibilidade ou quem for oferecer um passeio a uma pessoa com necessidades especiais e não se enquadrar nos padrões de acesso do lugar ! Não esperem estar velhos ou com restrições pra exigir o minino...
Read moreEstou extremamente insatisfeita com esse teatro! Fui pela 1ª ao Teatro Sérgio Cardoso, no dia 18/06/23 para assistir à apresentação "Les Sylphides (Chopiniana) e Partita". Comprei o ingresso para me sentar no Balcão SC, lugar B7. No momento da compra do ingresso não havia nenhuma informação de que a visão do palco era parcial. No dia da apresentação descobri que há refletores bem em frente aos assentos, impossibilitando a visão total do palco, além disso, a fileira a minha frente está quase no mesmo nível que a minha, impossibilitando enxergar qualquer coisa além da cabeça da pessoa que está a minha frente! Por sorte havia outro assento vago, troquei de lugar e consegui assistir à apresentação, mas ainda com a visão parcial devido aos refletores a minha frente. Não pretendo voltar a...
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