Catedral A construção da Catedral ficou a dever-se ao bispo Dom Julião de Alva, por ocasião da formação da Diocese de Portalegre. Os trabalhos tiveram início a 14 de Maio de 1556, em terrenos onde anteriormente se erguera a Igreja de Santa Maria do Castelo, embora já desde 1553, por Alvará de D. João III, tivessem começado as expropriações para o novo templo. Para o sucesso do novo empreendimento arquitectónico, Dom Julião de Alva contou, desde cedo, com o patronato régio, traduzido em financiamento para materiais e mão-de-obra. O apoio concedido por D. João III e também pela rainha Dona Catarina a grandes empreendimentos arquitectónicos, como a Catedral de Portalegre, a de Elvas ou a de Leiria, conduziu à sua integração na grande corrente do Maneirismo reformado, caro aos gostos da coroa e um instrumento eficaz da Igreja pós-Trento. Estas razões explicam a sua forte implantação em território nacional e a sua longevidade em regiões do interior do país. Com projeto de Afonso Álvares, foi principiada em 1556. A sua última pedra, do fecho da abóbada, foi colocada em 1575, tendo sido concluída e consagrada no mesmo século. Em 1795, por determinação do bispo D. Manuel Tavares, foi restaurada, datando deste período a sua atual feição. Na ocasião, ampliou ainda o Paço Episcopal, ergueu uma edificação própria para o Cartório da Casa Eclesiástica e mandou edificar a Igreja de São Tiago. Maria II de Portugal ofereceu à Sé de Portalegre um sino fundido em Estremoz. Com início em fevereiro de 2021, foi sujeita a obras de reabilitação do edifício em si mesmo e do património móvel e integrado (restauro dos retábulos, pinturas, imagens, azulejos etc) que o enriquece. O monumento voltou a abrir as suas portas em 16 de Março de 2023, após as obras de reabilitação que envolveram um investimento de 3,5 milhões de euros. As intervenções abrangeram o edifício, claustros, espaço anexos e a conservação e restauro dos retábulos das 12 capelas interiores da Sé e da Capela de São Tiago. Durante as obras, foram ainda encontradas pinturas em murais que datam dos finais dos séculos XVI, XVII e XVIII...
Read moreA Diocese de Portalegre foi criada no século XVI e teve como primeiro bispo D. Julião de Alva, capelão de D. Catarina, esposa de D. João III (1521-57), o qual mandou erigir a nova Sé, consagrada a Nossa Senhora da Assunção. As obras foram iniciadas em 1556 com projeto de Afonso Álvares e a última pedra, o remate da abóbada, foi colocada em 1575. Criado num estilo renascentista tardio, o templo sofreu alterações entre 1737 e 1798, já em estilo barroco, como se observa desde logo no trabalho da pedra dos pórticos na fachada e nas torres sineiras. No interior, iluminado por 28 janelas, podemos encontrar painéis de azulejo seiscentistas e um notável conjunto de pinturas maneiristas, que é único no país. Os retábulos do altar-mor e das capelas laterais integram noventa e seis pinturas e neles participaram vários artistas portugueses durante os séculos XVI e XVII. À direita do altar fica a Capela do Santíssimo e à esquerda a de São Pedro. Os púlpitos são em mármore, bem como as grades postadas diante da capela-mor, onde pode admirar-se o trabalho do escultor e entalhador Gaspar Coelho e dos pintores Francisco Venegas, Fernão Gomes e Simão Rodrigues. As restantes pinturas da igreja estão atribuídas à Oficina de Portalegre, a Cristovão Vaz de Lisboa, a Diogo Teixeira, a Pedro Álvares Pereira de Coimbra e à Escola Espanhola. Nas abóbadas podem admirar-se diversos motivos grotescos maneiristas, cartelas, mascarões, florões e seres híbridos, provavelmente inspirados nas gravuras flamengas que circulavam na época pela Europa. Pode ainda visitar-se a sacristia revestida a azulejos setecentistas (que representam a «Fuga para o Egipto») e o claustro, concluído no século XVIII. Do lado norte, encontra-se o antigo Paço Episcopal, que foi residência dos Bispos até 1910 e comunicava...
Read moreMonumento de arquitetura religiosa, maneirista, barroca. Época de construção - séculos XVI / XVII / XVIII. Em 1549, é criada a Diocese de Portalegre e nomeado o Bispo D. Julião de Alva. Em 1552, extingue-se a paróquia de Santa Maria do Castelo e em 1553, D. João III ordena a construção de uma nova igreja e respetivo adro, no local onde existia antiga igreja de Santa Maria do Castelo No dia 14 de maio de 1556, é lançada a 1ª pedra da Catedral. No final do século XVI, são construídas as torres e a Capela do Santíssimo é pintada. No século XVIII são feitas remodelações e é construído o claustro A Catedral é um dos melhores exemplos das igrejas construídas no espirito da Reforma Católica e as pinturas maneiristas respondem aos ideais dessa medida tomada no Concilio de Trento. Reúne o maior conjunto de pintura maneirista de Portugal, perfazendo 96 pinturas. O templo é dedicado à Nossa Senhora da Assunção, padroeira da cidade...
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