QUAL A CULTURA DO CAFÉ CULTURA?
A 1 ano decidimos como time de trabalho que deveríamos ter um momento “extracampo” que aumentasse nossa conexão. Que lugar melhor do que uma cafeteria? Depois de experimentar várias, todas com seu valor, optamos por fixar nossa rotina no CAFÉ CULTURA de Itajaí. Localização maravilhosa, comida boa, espaço leve, facilidade para fazer pedido e pagamento (automatizado), atendimento acolhedor. Precisávamos disso, pois toda entrega do ambiente nos proporciona mais tempo para nosso grande objetivo: Tempo de qualidade enquanto time de trabalho.
Hoje, 28/06/24, tivemos uma situação desconfortável e embaraçosa. Ao chegar, pela 3ª vez no local nos últimos 90 dias, fomos comunicados que não poderíamos “juntar mesas”. Entendemos, política da casa. Mas, somos em 8, não é tanta gente assim, queremos ficar juntos. Perguntamos: Temos uma mesa para 7? Temos sim, no piso térreo. OK, tudo resolvido.
Para nossa surpresa, nosso café e bate papo, foi interrompido por uma simpática moça, atendente da cafeteria, com um cliente, “que precisava sentar junto conosco” porque aquela era a única mesa onde tinha uma tomada para este cliente carregar seu notebook. Respeitamos o trabalho das pessoas, trabalhamos com pessoas (quem não?), mas naquele momento não fazia sentido algum a companhia em questão, ficaria "no meio de nós, ou ao nosso lado, cadeira ao lado". Pedimos, educadamente, privacidade. O Cliente então dirigiu-se a outra mesa (ou sofá) com uma tomada.
Mas, não bastou. Um tempo depois a mesma moça (funcionária da cafeteria, apenas desempenhando sua função e entendemos) perguntou se iríamos demorar muito, porque o cliente estava desconfortável trabalhando no sofá e precisava da mesa. Prontamente respondemos que iríamos disponibilizar a mesa já, naquele momento. Ficamos no local das 9h30min até 11h02min. 7 pessoas. Precisamos ceder a mesa para uma pessoa, porque não podemos juntar mesas, e porque a única mesa que cabem 8 pessoas não é uma mesa, é uma estação de trabalho.
Alguns pontos de reflexão:
1-Pensando no modelo de negócio: É lindo poder trabalhar numa cafeteria, mas, no meu entendimento uma cafeteria é antes de tudo um local para comer, conversar e se conectar com a sua companhia naquele momento, o que estávamos tentando fazer. Logo, é necessário decidir o posicionamento do negócio de vocês: É uma cafeteria ou é um coworking? Se for os dois, por favor coloquem mais tomadas com energia.
2-Pensando nas pessoas, acredito que o negócio de vocês existe para quem quer passar um tempo de qualidade com outras pessoas ou consigo mesmo, e com boa comida. Se é para isso, se o foco são as pessoas, qual foi o critério utilizado para julgar que nosso encontro era menos importante do que o trabalho daquele cliente?
3-Por fim, pensando no resultado de vocês, no lucro: Todo negócio precisa entregar atendimento (pessoas), processo (e o de vocês é impecável) PARA gerar o resultado (financeiro, econômico) esperado. Em 1h30min (e não era horário nobre) deixamos na casa aproximadamente R$ 450,00. Saímos da mesa porque uma pessoa precisava carregar o notebook. Não sei o que ele consumiu, se foi mais ou menos do que R$ 450,00. O ponto aqui é refletir sobre "convidar 7 a se retirar para aplacar a insatisfação de um". Todos merecem acolhimento e atenção, mas essa balança me pareceu meio desequilibrada. No mínimo precisávamos ter recebido uma sugestão, uma outra opção de mesa.
Por fim, agradeço pelo espaço de fala, e reitero minha surpresa quanto a um ambiente e infraestrutura impecável que não tenha outras mesas que comportem 8 pessoas, e principalmente não ter outra mesa com tomada disponível. Isso não é responsabilidade do cliente. A não ser que seja política da casa ter que tomar café em 30min e sair correndo.
Eu vou continuar tomando um café mensal com meu time, eu preciso conhece-los cada vez mais e melhor, só assim consigo entregar o resultado que entrego. Então, eu preciso saber: Eu posso voltar no CAFÉ CULTURA DE Itajaí?
Obrigado,
Cordialmente, Thiago dos Santos.