when we hear the term haute cuisine, we usually think of exotic dishes, with unknown ingredients and ingredients from other geographies, other customs… It turns out that at the OriGem restaurant it's “different”, I explain: Haute cuisine using traditional elements from international cuisines is something that you can find in any cosmopolitan city. The Heads of OriGem took the opposite path. As the name says, they went back to their origins and sought local, northeastern, Bahian and why not say, root cuisine, and developed a varied and extraordinarily well-balanced menu. With simple ingredients they created a menu that owes nothing to the most demanding gourmand. Simply complex, if I can use those words. But the complexity that provides a nirvana in our palate is perplexing to those who know a little bit about the elements used in each dish. Definitely a unique experience and, as far as I know, as we only had one dinner, it always changes, providing new experiences with new dishes, always looking for local, traditional, Bahian and Northeastern cuisine, undoubtedly the best in the world. Congratulations. I can't forget to register the welcome and the always-soliciting staff who, always one step ahead, serve us extraordinarily well. Be sure to...
Read moreChegar ao restaurante é quase uma experiência teatral. A fachada é discreta, exigindo que você toque a campainha como se estivesse pedindo permissão para entrar em um clube exclusivo. Quando a porta finalmente se abre, você é recebido por um ambiente encantador, intimista e cuidadosamente projetado. A surpresa inicial é digna de nota, mas logo meu assento revelou-se, digamos, peculiar. Parte da mesa onde fomos acomodados estava estrategicamente posicionada sob um ar-condicionado que decidiu contribuir com algumas gotas no meu ombro. Nada dramático, mas suficientemente irritante para me obrigar a reposicionar minha cadeira em busca de um local seco. Uma falha que, em um restaurante de preços elevados e com um serviço visivelmente zeloso, não deveria passar despercebida. Mas preferi não reclamar, engoli a irritação – junto com o vinho – e segui em frente.
A proposta gastronômica aqui é clara: você veio para degustar, para apreciar cada prato como se fosse uma obra de arte comestível. É o tipo de lugar que atrai os aficionados por experiências sensoriais, aqueles que gostam de examinar cada mordida como um crítico disfarçado. Se você gosta de carne bem passada ou acha que ketchup é um complemento aceitável, talvez este não seja o seu território. Este é um espaço para o devoto do preparo perfeito, do equilíbrio impecável de sabores e texturas. Antes da reserva, eles fazem perguntas detalhadas sobre restrições alimentares – um toque que evidencia o compromisso com a experiência do cliente. Intolerância a glúten? Vegano? Não suporta coentro? Sem problemas, eles estão prontos para ajustar.
E, então, vem a cozinha, que parece mais um laboratório de alquimia do que um espaço para cozinhar. Espumas que desafiam a física, esferificações que transformam líquidos em sólidos, pratos que chegam à mesa com apresentações tão enigmáticas que você se pergunta se está prestes a comer ou resolver um quebra-cabeça. É uma brincadeira lúdica para os sentidos, perfeita para quem gosta de analisar, degustar devagar e, talvez, fazer comentários pretensiosos enquanto finge ser um crítico gastronômico – sim, exatamente o que eu fiz.
Havia pratos que me encantaram e outros que me deixaram indiferente, o que faz parte do jogo em restaurantes desse estilo. As sobremesas, para minha surpresa, foram o ponto alto – mesmo para alguém como eu, que normalmente não liga muito para doces. Eram criativas, equilibradas e absolutamente deliciosas. O vinho? Excelente. Os garçons? Atenciosos e dispostos a narrar a história de cada prato, como se estivessem guiando uma excursão a um universo paralelo.
Minha dica? Não chegue faminto. Este não é o lugar para devorar uma refeição, mas para saborear cada momento. Encare como uma jornada, relaxe, aproveite o vinho e aceite que, embora você não vá amar tudo, sairá dali com histórias para contar – e, talvez, com um pouquinho de Jay...
Read moreA melhor experiência gastronômica que eu já vivi! Não é por acaso que trata-se do melhor restaurante do Nordeste e um dos poucos brasileiros que está na lista do “The Worlds 50 Best Restaurants” da America Latina. Fizemos a reserva com um mês de antecedência, mas vimos alguns corajosos dispostos a esperarem alguma mesa vagar (tenha consciência que o menu degustação dura uma média de 3 horas, então você vai ter que esperar bastante se for sem reserva). O atendimento é impecável, os ambientes são muito bonitos e sofisticados, ainda que flertem com uma pegada meio informal. Um ponto a melhorar? O som ambiente estava bastante alto, o que atrapalhava um pouco a conversa. No mais, tudo perfeito! O menu degustação “Heranças” é uma aula de história e uma volta às origens da nossa cultura e da nossa culinária. Alguns ingredientes da nossa base estão ali: reinterpretados e ainda mais desvendados, desconstruídos e valorizados. Foram 10 pratos, e ainda um mini cake em comemoração ao meu aniversário, com direito a folhas de ouro na cobertura! Um mimo que mostra o respeito que o restaurante tem pelo cliente, assim como demonstram respeitar a cozinha brasileira! O que mais chamou nossa atenção: as manteigas de umbu e goiaba, servidas com o delicioso bolinho de tapioca; os mini acarajés desconstruídos que ficaram maravilhosos e com um gosto de “Bahia” inconfundível; o inexplicável sabor da lagosta com laranja e cenoura; as deliciosas e suculentas vieras com lascas de couve flor e um molho delicioso e, claro, o melhor cupim que eu já comi na vida e o arroz doce mais conceitual e de personalidade que eu já vi! O sorvete de mangaba também merece ser citado, pois desconheço já ter sentido uma sensação tão diferente no paladar! Ter essa experiência, com ingredientes selecionados e preparados com o máximo de cuidado, tem um preço que está a altura do que é servido… A conta para duas pessoas, com dois drinks, saiu por quase R$900. O valor pode assustar, mas vale cada centavo! E sim, saímos muito satisfeitos! Conhecer esse restaurante era um desejo e um mimo que eu queria me presentear, e foi incrível! Não apenas por ser um dos melhores restaurantes do Brasil, mas sim por tudo ter sido incrível! E ser considerado “o melhor” não é apenas um prêmio ou um rótulo, é um reconhecimento de uma alta gastronomia de respeito...
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