Aninhado no centro histórico do Rio de Janeiro está o mais antigo parque público do Brasil, o Passeio Público, um testemunho vivo do rico patrimônio cultural da cidade. Criado em 1779 sob o Vice-rei Luís de Vasconcelos, este oásis verde surgiu de uma antiga lagoa, transformando uma fonte de doenças em um local de beleza e encontro social. O projeto inicial do parque por Mestre Valentim refletia o estilo formal dos jardins franceses da era colonial, completo com caminhos geométricos e terraços à beira-mar com vista para a Baía de Guanabara. Em 1864, o paisagista francês Auguste Glaziou reimaginou o espaço no estilo naturalista dos jardins ingleses, tecendo caminhos sinuosos através da vegetação exuberante enquanto preservava os elementos históricos de Valentim.
Hoje, os visitantes são recebidos por uma impressionante cobertura de árvores centenárias, seus troncos massivos e raízes espalhadas criando uma catedral natural de sombra e tranquilidade em meio ao burburinho urbano. Magníficas figueiras se erguem como esculturas vivas, suas raízes aéreas e troncos robustos contando histórias silenciosas de gerações passadas. Os tesouros históricos do parque incluem seu ornamentado portão rococó, ostentando as efígies da realeza portuguesa, e as primeiras fundições em bronze do Brasil retratando a fauna nativa - uma escolha artística revolucionária para sua época.
Apesar da passagem do tempo e do desenvolvimento urbano que o separou de seu cenário original à beira-mar, o Passeio Público continua servindo como um espaço verde vital para os moradores e visitantes do Rio. No entanto, este jardim histórico enfrenta desafios modernos. Os caminhos de terra, embora atmosféricos, sofrem com a erosão durante as chuvas fortes, enquanto o mobiliário envelhecido do parque e o lixo ocasional prejudicam seu charme histórico. Os impressionantes exemplares de árvores, embora magníficos, requerem monitoramento e manutenção cuidadosos para garantir sua saúde e longevidade.
Caminhando pelo Passeio Público hoje, você encontrará uma fascinante mistura de passado e presente: monumentos históricos e bustos de luminares brasileiros erguem-se sob palmeiras imponentes, enquanto postes de luz tradicionais alinham caminhos onde os moradores buscam abrigo do sol tropical. As lixeiras municipais laranja marcadas com "Rio" lembram aos visitantes que este é um espaço vivo e pulsante da cidade moderna, não apenas uma peça de museu congelada no tempo.
Enquanto o Rio de Janeiro continua a evoluir, o Passeio Público encontra-se numa encruzilhada entre preservação e adaptação. Embora seus elementos históricos mereçam proteção cuidadosa, o parque também precisa de atualizações práticas para servir sua comunidade de forma eficaz. Desde a melhoria da pavimentação dos caminhos até iluminação aprimorada e gestão de resíduos, melhorias pensadas poderiam ajudar este espaço amado a atender melhor às necessidades contemporâneas enquanto honra sua notável herança. Seja você um entusiasta da história, amante da natureza ou simplesmente buscando um momento de paz no centro da cidade, o Passeio Público oferece um vislumbre único do passado do Brasil enquanto permanece uma parte essencial do presente do Rio.
Para visitantes e moradores, este jardim histórico apresenta uma oportunidade de experimentar uma parte crucial da história brasileira enquanto desfruta de um dos espaços verdes mais característicos do Rio. Apesar de seus desafios, o Passeio Público continua cumprindo sua missão original como um lugar onde natureza, cultura e comunidade convergem no coração do...
Read moreGosto bastante dessa área no centro do Rio de janeiro, os locais históricos e cheios de histórias para se descobrir. O Passeio Público do Rio de Janeiro é um pequeno parque localizado na da Lapa, próximo da Cinelândia, Foi inaugurado no século XVIII, tendo sido o primeiro parque público das Américas. A história do passeio público é muito bonita e enriquecedora. Há duas versões: numa delas diz se que O folclorista Luís da Câmara Cascudo, em seu livro "Contos Tradicionais do Brasil", relata uma versão diferente para a construção do Passeio Público. Segundo a tradição popular, detalhada por Joaquim Manoel de Macedo em "Um Passeio pela Cidade do Rio de Janeiro" , de 1862, o vice-rei Luís de Vasconcelos e Sousa teria se apaixonado por uma jovem chamada Susana, que morava num casebre à beira da lagoa. Vicente Peres, noivo de Susana, descobriu que ela se encontrava com o vice-rei e queixou-se. A jovem, porém, defendeu o seu admirador, garantindo que ele sempre a respeitara.
Calaça e Sousa, então, teria nomeado Vicente para um cargo público, assumindo a posição de protetor do casal. Foi padrinho do casamento e, em homenagem a Susana, mandou construir a Fonte dos Amores.
Na fonte, Valentim esculpiu dois jacarés, representando a si mesmo e ao vice-rei; e três garças, simbolizando o casal e a avó de Susana.
A história foi levada à Passarela do Samba pela Portela no Carnaval de 1988, com o enredo "Lenda carioca: os sonhos do vice-rei"... A escola ficou em...
Read moreProjetado por Valentim da Fonseca e Silva (Mestre Valentim), o Passeio Público data do final do século 18 e foi o primeiro parque público do país. Originalmente situado à beira-mar (e dele afastado por uma sucessão de aterros realizados no século 20), foi criado sobre a antiga Lagoa do Boqueirão (aterrada com o material resultante do desmonte do Morro das Mangueiras, situado em seu entorno) por iniciativa do vice-rei Luís de Vasconcelos e Sousa, aos moldes do Passeio Público de Lisboa e dos jardins do Palácio de Queluz. Remodelado pelo paisagista francês Glaziou no século 19, seus jardins originalmente retilíneos (de inspiração francesa) foram substituídos pelas atuais alamedas curvilíneas (de inspiração romântica inglesa, ao gosto da época). Da decoração original em seu interior, ainda se encontram no parque peças produzidas por Mestre Valentim, como os obeliscos, a Fonte dos Amores e o Chafariz do Menino, este último voltado originalmente para o terraço sobre o mar. Sendo um equipamento urbano de lazer na região central da cidade e pela sua importância histórica, o parque merecia mais atenção do poder público. Pouco cuidado, as peças de bronze da Fonte do Menino aparentemente foram furtadas. Primeiramente levaram a faixa com a inscrição "Sou util inda brincando" e posteriormente o próprio "menino aguadeiro" (ou "anjinho aguadeiro"), sem que a imprensa ou o poder público tenham sequer se manifestado ou...
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