O Farol de Aveiro é dos mais notáveis monumentos da Gafanha da Nazaré, freguesia do concelho de Ílhavo, e ergue-se junto à barra da Ria de Aveiro. É o mais alto de Portugal, o segundo maior da Península, o décimo-sexto maior da Europa e o vigésimo-segundo mais alto do Mundo. Gerido pela Direcção de Faróis da Marinha, bem que merecia ser classificado dada a sua singularidade.

Aberto ao público com regularidade, tem uma torre troncocónica de granito com 62 metros de altura e 66 metros de altura focal assente sobre fundações em betão e estacas de madeira. A sua escada helicoidal tem 288 degraus e a sua óptica Fresnel, de quinta ordem, emite grupos de quatro relâmpagos brancos a cada 13 segundos, visíveis a 23 milhas náuticas.

A perigosidade da barra de Aveiro vem do assoreamento a que está sujeita. Antigamente, a ajuda à navegação era garantida por um facho que funcionou no alto da Capela de Nossa Senhora das Areias, na ponta de São Jacinto, e por uma torre construída no século XIX sobre um dos baluartes do Forte da Barra. No entanto, quando a capela foi demolida decidiu-se, em 1856, pela construção de um farol. Projectado pelo engenheiro Paulo Benjamim Cabral em 1879, foi inaugurado a 15 de Outubro de 1893. Tinha já sinal sonoro e uma óptica alimentada por incandescência do vapor de petróleo, com lente de primeira ordem que emitia grupos de quatro relâmpagos brancos de 2,5 segundos a cada 9,5 segundos. Em 1929, o farol foi alvo de reparações importantes e, em 1936, foi electrificado. Em 1947 foi instalado o actual aparelho óptico.