Il Cimitero dei Piaceri è il più grande e famoso di Lisbona, immortalato in numerosi film, nonché in romanzi come Requiem di Tabucchi, L’anno della morte di Ricardo Reis di Saramago, Treno di notte per Lisbona di Mercier, La storia seguente di Nooteboom, Ballata della spiaggia dei cani di Cardoso Pires, ecc. Questo per dare un’idea dell’alone che avvolge questo sito. È sorto nel 1833 dopo un’epidemia di colera che costrinse la città a realizzare un cimitero di grandi dimensioni. Il nome “Prazeres”, assai curioso per un cimitero, deriva dalla Quinta dos Prazeres, un palazzo di campagna che si trovava in questo luogo. A renderlo particolarmente suggestivo sono i lunghi viali deserti e silenziosi, caratterizzati dai saliscendi che seguono il movimento naturale della collina, sui cui lati si susseguono ininterrottamente le cappelle cimiteriali. Un altro elemento affascinante è dato dai numerosi scorci panoramici che si aprono sul cimitero e sulla città circostante. Sul lato del cimitero opposto all’entrata si coglie una vista sul Tejo, sul Ponte del 25 Abril e sulla valle dell’Alcântara. Il cimitero possiede la più antica e più vasta concentrazione di cipressi della penisola iberica. Prazeres è anche particolarmente interessante dal punto di vista architettonico e scultoreo: pullulante di croci, angeli, teschi, velieri, ancore, muse e clessidre; ma anche di simboli araldici, massoni, e rosacroce: ne è un esempio il mausoleo di António Augusto Carvalho Monteiro, il proprietario brasiliano della sinistra “Quinta da Regaleira” nella città di Sintra, un vero e proprio inno massonico. A Prazeres si trova anche il più grande mausoleo privato d’Europa, appartenente alla famiglia Sousa Holstein, assai potente, imparentata con politici e re di mezza Europa. Si presenta come una piramide, sormontata da una statua, con un’entrata a forma di tempio neoclassico. All’interno vi sono tumulate oltre 200 personalità della stessa famiglia. Lo spazio ricrea simbolicamente un tempio massone, all'interno dell'edificio vi sono statue di celebri scultori quali: Antonio Canova, Teixeira Lopes e Calmels. In questo cimitero sontuosi mausolei e modeste sepolture sorgono le une a fianco alle altre. Qui riposano molti personaggi illustri della storia e della cultura portoghese, tra di essi vi erano anche Fernando Pessoa, Aquilino Ribeiro, Eça de Queirós e Amália Rodrigues, oggi traslati in altri siti. Ora, tra i più famosi, vi sono gli scrittori e poeti Antonio Tabucchi, Matilde Rosa Lopes de Araújo, José Cardoso Pires, António Gedeão, Césario Verde, Jorge de Sena, Natalia Correia, e la tomba di famiglia di Fernando Pessoa dove era originariamente tumulato. I pittori: Columbano Bordalo Pinheiro, José Malhoa, Maluda, Mário Cesariny. I chitarristi: Carlos Paredes e José Fontes Rocha, la cantante: Cândida Branca Flor, i fadisti: Alfredo Marceneiro, Hermínia Silvia, Lucilia do Carmo e Fernando Mauricio, infine le attrici: Adelina Campos e Zita Duarte. Nel cimitero sono organizzate, in date prestabilite, visite guidate generali o tematiche (personaggi famosi, architettura e scultura, simbologia funeraria, esoterismo e massoneria ecc.): queste permettono di entrare anche nei mausolei altrimenti chiusi. Oggi essere sepolti in questo cimitero è difficile se non si è un personaggio famoso, il cimitero non ha possibilità di ingrandirsi e accedere a qualche spazio abbandonato è costosissimo: i piaceri...
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O Cemitério dos Prazeres é um autêntico museu. Não só é um lugar tranquilo, rodeado de ciprestes e com um miradouro sobre o Rio Tejo, mas ali também descansam muitas das personalidades e artistas mais importantes de Portugal. O cemitério está cheio de esculturas e outro tipo de arte, simbologia maçonica, histórias de amor e outras de amizade, que passaram da vida para a morte, e muito mais. O cemitério contém o maior mausoléu da Europa, o dos Duques de Palmela. Aconselho a que se registem para uma visita guiada pelo Prof. historiador Lecínio Fidalgo, que é uma autèntica enciclopédia vida do cemitério. Muito simpático e divertido, ele mostra coisas que os nossos olhos destreinados nunca veriam (é mesmo verdade que quem não sabe é como quem não vê!), conta histórias de vivos que foram enterrados com parte da sua história de vida, mostra a simbologia espalhada pelo cemitério e conta-nos como a venda de imobiliário de casas também se aplica às sepulturas. Simplesmente fascinante! O cemitério também tem duas colónias de gatos que o Prof Lecínio Fidalgo e outros empregados do cemitério cuidam, e que fazem do cemitério a sua casa. Espreguiçam-se pelos bancos e dão as boas-vindas aos visitantes. Este é um cemitério com uma vibraçao positiva. Recomendo a visitar. The Prazeres Cemetery is a veritable museum. Not only is it a peaceful place, surrounded by cypress trees and with a viewpoint over the River Tejo, but many of Portugal's most important personalities and artists rest there. The cemetery is full of sculptures and other types of art, Masonic symbolism, stories of love and other stories of friendship, who passed from life to death, and much more. The cemetery contains the largest mausoleum in Europe, that of the Dukes of Palmela. I advise you to register for a guided tour with historian Professor Lecínio Fidalgo, who is a veritable live encyclopaedia. Very friendly and amusing, he shows us things that our untrained eyes would never see (it's really true that those who don't know are like those who don't see!), he tells us stories of the living who were buried with part of their life story, shows us the symbology spread throughout the cemetery and tells us how the sale of real estate of houses also applies to graves. Simply fascinating! The cemetery also has two colonies of cats that Prof Lecínio Fidalgo and other cemetery employees look after, and who make the cemetery their home. They lounge on the benches and welcome visitors. This is a cemetery with a positive vibe. I...
Read moreO Cemitério dos Prazeres é um cemitério situado na parte ocidental de Lisboa. Fica localizado na freguesia da Estrela, perto do bairro de Campo de Ourique, sendo o segundo maior cemitério da capital portuguesa. Após a cidade de Lisboa ter sido atingida por um surto de cólera mórbus, em 1833, foi urgente a criação de grandes cemitérios, tendo sido criado assim o Cemitério dos Prazeres, juntamente com o Cemitério do Alto de São João. Passou para administração municipal em 1840 na sequência de decreto-lei de Rodrigo da Fonseca Magalhães publicado em 1835 pelo qual passaram a ser obrigatórios os enterramentos em espaços exclusivamente destinados para esse fim. Constituído quase exclusivamente por jazigos particulares, é possível admirar monumentos de autores anónimos, lado a lado com peças de arquitectos de renome do século XIX até aos nossos dias, bem como o trabalho de alguns do nossos maiores escultores que desta forma se perpetuaram através da sua magnífica obra.
Entrada do cemitério.
Por servir o lado ocidental de Lisboa, onde estavam implantados os bairros das residências aristocráticas, logo desde os seus primeiros anos, o Cemitério dos Prazeres acabou por se tornar o cemitério das famílias dominantes da cidade, que com os seus gostos e meios materiais, acabam por dar uma certa monumentalidade ao cemitério. As construções imponentes que acabam por ocupar praticamente todo o espaço ajudam-nos a ter uma noção das ideias e gostos arquitectónicos, mas também das convicções e crenças que ficam bem evidentes na rica e variada simbologia que as ornamentam. Na capela do cemitério encontra-se a antiga sala de autópsias e desde 2001 o Núcleo Museológico, ligação entre o espaço monumental exterior e o seu interior, onde se pode observar o espólio composto por interessantes peças de época, provenientes de jazigos abandonados, ligadas ao culto da morte e da memória, tais como crucifixos, figuras de santos, candelabros, jarras, fotografias, entre muitos outros.
O Talhão de Artistas, o Talhão da Polícia de Segurança Pública e o Talhão dos Bombeiros Sapadores são únicos locais passíveis de inumação temporária, já que este cemitério não está circunscrito a nenhuma freguesia.
O Pórtico de entrada do cemitério é da autoria do arquitecto Domingos Parente da Silva. Encontra-se também aqui a maior e mais antiga concentração de ciprestes da Península Ibérica.
Abre todos os dias da semana e tem horário de funcionamento das 9h00 às 17h00 no Inverno e das 9h00 às...
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