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Estava super ansioso para conhecer o Virado, novo restaurante do icônico hotel San Raphael, no Arouche.
Pudera. Todos em quem confio no gosto e no paladar falavam maravilhas a respeito da comida de lá e não deu outra: há tempos não comia tão bem em São Paulo, sobretudo, na região.
De cara, logo que entramos, o local é lindo. Uma mistura de concreto aparente com luminárias de design de bom gosto que compõem uma atmosfera intimista e… chique. Não há termo melhor.
Com ótimo serviço, o menu é explicado perfeitamente, em suas obviedades e nuances menos comuns.
De entrada, comecei pelas beterrabas tostadas (R$36,00) com pistache caramelizado, iogurte, hortelã, jalapeño e alho-poró.
As beterrabas estavam perfeitamente macias e tostadas, com um sabor terroso intensificado pelo toque caramelizado do pistache, que também adicionava um crocante agradável, enquanto o iogurte e a hortelã traziam uma leveza refrescante, complementada pela picância suave do jalapeño e a sutileza do alho-poró.
Em seguida, o crudo (R$40,00) vem com alcaparras, limão siciliano, azeite de manjericão, parmesão, queijo Tulha e pastel de vento, que abrimos e colocamos a ótima carne.
O crudo tinha textura macia e sabor fresco, construído e realçado pela citricidade do limão siciliano e salinidade das alcaparras. O azeite de manjericão adicionava uma fragrância herbácea, enquanto o parmesão e o queijo Tulha contribuíam com um toque umami, e o pastel de vento adicionava uma crocância divertida ao ser com o crudo recheado.
Para o prato principal, em duas pessoas, pedimos o shoulder de Wagyu (R$73,00) com molho béarnaise e fritas, acompanhado do rigatoni (R$54,00) com ragu de linguiça e queijo Tulha.
De sobremesa, pudim de iogurte (R$22,00) e reVIRADO (R$29,00).
O pudim de iogurte tinha uma textura leve e aveludada, com uma doçura sutil, equilibrada pela acidez refrescante da coalhada seca.
O reVIRADO era uma verdadeira festa de sabores e texturas: a massa filo, crocante, envolvia um doce de leite rico e cremoso, combinado com o mascarpone suave. As frutas da estação - ameixa, maracujá, manga - adicionavam camadas de doçura natural e um toque de acidez, criando uma sobremesa surpreendente.
Para beber, drinks. O Yaiuni (R$42,00) vinha com rum Havana 3, suco de uva verde, arak, Paragon White e Penja, xarope de açúcar, hortelã e água com gás.
No paladar, muito anis por conta do arak, o rum sentíamos na potência alcoólica, a hortelã trazendo frescor e o Paragon White e Penja - é um cordial de pimenta branca e pimenta Penja, uma pimenta africana do país Camarões, da cidade de Penja - em forma de picância na ponta da língua, lembrando um tucupi, sabem? Complexo!
Já o Punch Tropical (R$39,00) vinha com cachaça envelhecida, suco de abacaxi, leite de coco, suco de limão, maracujá, toque de baunilha, leite integral e xarope de açúcar.
A cachaça envelhecida trazia um dulçor e uma potência alcoólica, enquanto o suco de abacaxi e o leite de coco criavam uma base doce e cremosa. O suco de limão e o maracujá adicionavam um toque ácido equilibrado pela baunilha, que dava uma doçura suave. Tudo isso unido pelo milk punch, para o qual foi usado o leite integral.
Que bela saída! Vale...
Read moreÚltima visita que fizemos foi um tanto decepcionante. Será que é a falta da presença do chef na cozinha? Ou será que foi o atendimento?
O Virado tem dois tipos de menu: um mais voltado a PFs, servido no almoço executivo; outro, mais autoral, presente também no jantar. Nunca tive a possibilidade de provar o menu do almoço, mas a cara é boa e são receitas simples, aparentemente bem feitas. Já o menu autoral tem coisas que gosto e coisas que não gosto, então, sempre me restringi a alguns pratos apenas.
Mas, antes de comentar sobre a comida, falo sobre o serviço no salão. Nunca foi ponto forte da casa, desde a abertura. A única vez em que me senti bem servido foi na primeira visita que fizemos, logo no soft opening, a equipe parecia mais afiada, ainda que aprendendo. Todas as visitas subsequentes sempre tiveram alguns intempéries: atendimento rude, falta de atenção para tirar pedidos ou até mesmo não saber indicar o ponto da carne que chegou à mesa. O serviço precisa de um extreme makeover se pretendem se manter de pé.
O bar é muitíssimo bem comandado, os drinques autorais são de ótimo equilíbrio e sabor, nunca tive uma experiência ruim nessa seara.
Voltando pra cozinha, acontece que eu notei uma piora bem considerável entre minha primeira visita (que foi ótima) e a mais recente (deplorável). O cardápio mudou um pouco e algumas adições foram feitas ao menu, como a Caesar salad. Pedimos ela e um shoulder de wagyu. A carne, que sempre veio no ponto solicitado, estava passada e com muita gordura crua, chegando a se tornar impossível de cortar. Já a salada, totalmente sem sabor, parecia que eu estava comendo folhas lavadas na água sanitária e nada mais. Faltou o mesmo equilíbrio e bom tempero das primeiras visitas.
Sobre as porções e preços, varia muito entre a pedida. As mais autorais costumam ser pequenas, mas com preço razoável. Não acho que seja um problema aqui.
A sensação é de que a cozinha se perdeu no meio do caminho... O questionamento é se, com tamanha irregularidade, dá para visitar novamente o Virado.
Infelizmente, acho que não. Uma pena!
(Edit: se o sub chef faz o trabalho, recomendo ao social media que respondeu provar os pratos que saem de cada um, em dias diferentes. Bem fácil ver a diferença na qualidade da entrega. Isso se chama...
Read moreMinha experiência no Virado — 28/06
Visitei o restaurante no sábado. Um ponto positivo logo de cara é a facilidade para estacionar, com bastante vaga disponível na frente e também nos arredores da Praça do Arouche e a ambientação do restaurante que é lindo e espaçoso.
Cheguei por volta das 16h para almoçar (um horário mais tarde, eu sei), mas antes de ir me certifiquei no Instagram que o funcionamento era das 12h às 23h. No entanto, por volta das 16h20, fui informado pelo garçom que a cozinha iria fechar, o que me deixou sem tempo para escolher com calma e fazer os pedidos e até mesmo pedir sobremesa ao final.
Em relação ao atendimento, achei um pouco apressado. Entendo que já era o fim do expediente da cozinha, mas ainda assim estava dentro do horário divulgado. Além disso, um dos garçons estava tossindo com frequência e, logo depois, continuava servindo as mesas — algo que me deixou um pouco desconfortável do ponto de vista de higiene. Fora isso, o atendimento foi funcional.
Quanto à comida, saí do restaurante com sentimentos mistos. Pedi o parmegiana, que estava muito saboroso e veio bem gratinado (boa qualidade da carne), com destaque para as fritas artesanais, que são realmente um diferencial. Porém, senti que passaram um pouco do ponto — as batatas estavam escuras e já apresentavam aquele amargor de fritura excessiva.
O prato individual serve bem uma pessoa, mas achei a porção de arroz muito pequena para o valor cobrado a parte (R$12,00). Seria interessante rever esse ponto para equilibrar melhor o custo-benefício ou aumentar o valor e a quantidade.
Pretendo voltar, pois o ambiente é agradável, vejo potencial e entendo que estão apoiando na revitalização do centro com um restaurante de qualidade na praça do Arouche, mas acredito que alguns pontos simples merecem atenção e ajustes.
Obs. aceitam...
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