Museu Beco do Pinto*
"O Beco do Pinto, conhecido também como Beco do Colégio, era uma passagem utilizada na São Paulo colonial para o trânsito de pessoas e animais, ligando o largo da Sé à várzea do rio Tamanduateí. Atualmente, juntamente com a Casa da Imagem e o Solar da Marquesa de Santos, constitui um significativo conjunto arquitetônico, histórico e cultural, e integra o Museu da Cidade de São Paulo".
"Seu nome relaciona-se ao sobrenome do proprietário da casa ao lado do logradouro, o Brigadeiro José Joaquim Pinto de Moraes Leme, e às suas desavenças com os vizinhos e a Municipalidade por ter fechado o acesso ao Beco em 1821. Em 1826, a passagem foi reaberta e recebeu da Câmara o nome oficial de Beco do Colégio. No ano de 1834, a Marquesa de Santos, ao comprar este imóvel de um dos herdeiros do Brigadeiro Pinto, conseguiu, da Câmara, o fechamento da passagem. Após a abertura da ladeira do Carmo em 1912, atual Av. Rangel Pestana, o Beco perdeu sua função e foi definitivamente desativado".
*Crédito das informações: site Museu da Cidade de São Paulo. Muito legal esse...
Read moreUma ruela de ligação da cidade com a antiga margem do Tamanduateí, antes de ele ser desfigurado. Hoje, liga o nada a coisa alguma – mas o vazio do local serve como registro de um tempo em que São Paulo era menor e, embora não menos ambiciosa, mais ciente de seus limites? Ou será que nem tanto? Porque um texto disponível chama atenção para o fato de que o beco foi aberto e fechado várias vezes a depender da (in)gerência dos donos das casas que o ladeiam. Parece que o movimento da cidade sempre dependeu mesmo de decisões sem muito mérito a não ser o particular. Que bom que o beco resistiu até hoje para ser museu de si mesmo; seria melhor se realmente pudesse funcionar com a função que as vias públicas têm (ou devem ter), mas eis a contradição do que se preserva: se não fosse alguém dizer que o objeto deve ser resguardado, será que alguém teria a decência de...
Read moreNa visita guiada ao solar da marquesa a guia contou a história interessante deste beco.
Além de ser uma via de comunicação estratégica que ligava a parte alta da cidade a parte baixa, onde se concentravam os comércios paulistanos, o Beco também era um caminho por onde os escravos passavam para buscar água e despejar o lixo doméstico. E, por ser uma passagem íngreme e sinuosa, muitos optavam por não descer até a várzea, e despejavam o lixo por onde passavam. Incomodado com isso, o Brigadeiro fechou o Beco do Pinto com um portão. Mas sua mudança não durou muito tempo, pois a providência foi contestada e proibida pela Câmara Municipal, por se tratar de uma servidão pública....
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