Fui sozinho, entrei, encontrei um lugar e me sentei. Não havia nada na mesa, então esperei que me trouxessem o cardápio. Ele chegou: curto, com 5 ou 6 opções de pratos executivos. Achei estranho de início, mas pensei que talvez, no almoço, servissem apenas executivos, por isso já me entregaram esse cardápio sem eu pedir.
Enquanto eu escolhia, aparece uma senhora extremamente simpática e acolhedora. tinha uma energia incrível. Ela me direcionou para tomar caldo na entrada, falou da sobremesa e do café com rapadura. Essas poucas interações já melhoraram muito a minha experiência. Após aprovar o caldo, escolhi o meu prato: o JK.
Quem estava me atendendo perguntou o que eu iria beber. Mais uma vez fiquei um pouco confuso: não havia nenhuma indicação de bebidas no cardápio que me entregaram. Até perguntei “e tem o que para beber?”, mas não obtive resposta. Então pedi o básico: uma Coca Zero. Enquanto esperava, percebi que os outros clientes que chegavam recebiam um cardápio diferente, com opções à la carte e muito mais coisas para explorar da culinária mineira. Fiquei triste com o mal-entendido, até porque vi alguém pedindo uma cerveja especial e pensei que teria sido uma excelente opção para o almoço.
O JK de fato é incrível: couve bem temperada, arroz bem feito, linguiça caseira gostosa e um virado de milho que é a estrela do prato. Incrível mesmo. Bom demais. Após terminar, para tentar me redimir de não ter explorado o cardápio de verdade, perguntei se tinham torresmo. Me responderam que sim. Perguntei como era servido, se em porções, inteiro, com molho… mas não obtive resposta. Quem me atendeu simplesmente virou as costas. Só me restava esperar e aceitar o que viesse.
Pouco mais de 5 minutos depois, chegou um pote de cerâmica com pedaços grandes de torresmo. A aparência não me agradou, mas resolvi experimentar. Para minha surpresa negativa, o torresmo estava gelado, parecia que tinha saído do Alaska: frio demais, gosto apenas de sal e óleo gelado, textura horrível. Tentei morder dois pedaços e desisti. Só depois chegou o limão que eu havia pedido junto, vindo do bar, claramente reaproveitado de algum drink. Aceitei com um sorriso amarelo e pedi a conta.
Ainda assim, pensei que ficaria feio pagar e deixar a porção inteira sem ao menos questionar. Eu, que não sou de reclamar, chamei quem me atendeu e falei: “Olha, está muito frio, será que dá para trazer quente?”. A resposta foi até engraçada: “É que é frio mesmo.”
Nesse momento, fiquei confuso. Em Minas comem torresmo frio? Pedi desculpas e falei que na minha cidade serviam quente, mas se fosse tradição mineira eu respeitaria. Só então me explicaram que aquele torresmo era de entrada, de graça, e não fazia parte do cardápio. Ou seja, mais uma vez trouxeram algo sem eu pedir. Perguntei do torresmo do cardápio e ouvi que era uma porção muito grande e eu não daria conta, sem oferecer nenhuma alternativa.
Ainda tentei dar mais uma chance e pedi de forma clara a carta de cachaça. Pela terceira vez fui ignorado: em vez da carta, me trouxeram direto uma cachaça sem rótulo. Nesse momento já não parecia mal-entendido, parecia que estavam me tratando como alguém que não iria gastar. Só traziam o que era básico ou de graça. Perguntei: “Como faço para pedir outra cachaça, como Salinas ou Seleta?”. Pedi o cardápio e, só então, finalmente vi o que o restaurante realmente tinha para oferecer: pratos interessantes, cervejas especiais, combinações que eu adoraria ter experimentado. Pedi uma cachaça feita pela casa e a conta.
Na hora de pagar, a senhora simpática reapareceu e me ofereceu o café com rapadura. Foi um gesto legal, mas já abafado por tudo. Por incrível que pareça, a comida mineira ficou sem sal. O que marcou minha viagem em SP foi o sorvete Bachir,...
Read moreConheci o restaurante quando ainda era na Avenida Chibarás. Na época, fiquei marcado pelo cuidado da casa com o preparo de pratos tão típicos e triviais do nosso cotidiano. Era comida caseira carimbada com etiqueta gastronômica. Referência da culinária mineira na capital paulistana, essa filial surgiu em setembro de 1992. No final de 2023, mudou para o endereço atual na rua Bem-Te-Vi. Desde 1990, a matriz da rede funciona em BH. E quem foi Dona Lucinha? A matriarca Maria Lúcia Clementino Nunes intitulava-se uma chef "da vida" com 40 anos de participações em festivais culinários pelo Brasil que explorou e aplicou as raízes afro-indígena e portuguesa em seus quitutes. Infelizmente, faleceu em abril de 2019 aos 86 anos. Sua filha Elzinha Nunes assumiu o comando da filial de SP. A fachada e o estilo da casa atual são menos charmosos do que os da primeira unidade, no entanto seu salão é bem espaçoso e emprega paredes brancas com itens de decoração que remetem às antigas casas de fazenda - azulejos, móveis em madeira rústica, revestimentos de tijolos à vista e janelas com pinturas de paisagens interioranas. Garçons no melhor do estilo tradicional. Uniformizados, prestativos e com bom papo para recepcionar bem qualquer cliente. Há opções a la carte com excelentes pratos individuais, mas o forte é o buffet de preço fixo. Ele é dividido em duas seções: Cozinha da Fazenda e Cozinha do Tropeiro. O sortimento de pratos é interminável! Estimo um mínimo de 25 itens! Feijoada, galinhada, linguiça caipira, frango com quiabo, angu, rabada, pernil assado, vaca atolada, tutu mineiro e mandioca frita. Para temperar, quatro tipos de pimenta e dois de farinha. Entrada: pão de queijo quentinho e perfeito acompanhado de um caldo de feijão carioca - esperava que fosse do preto, mas tudo bem. Destaques: rabada com agrião, que estava suculenta e desmanchando do osso. Puros nacos de carne. O pernil estava úmido e tenro, com pedaços generosos. A feijoada (minha última visita foi por ela) estava encorpada no ponto, sal sem exagero, pedaços nobres em cumbuca única. Sobremesas: queijo do Serro (MG) com doce de leite foi a minha pedida. Maravilhosa! E mais: goiabada cascão, cocada, ambrosia, arroz doce, doce de abóbora e de cidra. Para apresentar uma gastronomia mineira de alta qualidade a visitantes estrangeiros ou para apreciar o inesquecível e requintado tempero de sua fundadora, o bem comer é atendido com louvor no Dona Lucinha. Dicas:
Absolutely best place in Moema for my favorite Brazilian dish Rabada!! I was a frequent customer when they were located next to metro Moema station. Then one time I returned to Sao Paulo and the restaurant was no longer there - instead there was a new condo project under development where the restaurant used to be!! I took me a long time to rediscover this restaurant at their new location near TokStok and Ibirapuera mall. I greatly enjoyed my Rabada here during my latest trip back to SP!!
Besides the Rabada, they make awesome Okra (lady fingers)!! It comes closest to how Indian and Eritrean cuisine makes delicious Okra! I love it. Besides Okra their yellow lentils are so good!
Also their desserts are yummy - I don’t know all the names of fruits in Portuguese but the red and orange ones are just absolutely yummy.
Can’t wait to go there again the next...
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