Na vastidão da selva paulistana, onde edifícios emergem como titãs de concreto e o clangor urbano ressoa incessante, três figuras — homens laboriosos, desgastados pelos embates cotidianos do ofício — decidiram, uma vez mais, embarcar em sua epopeia mensal de deleite culinário. Dessa feita, o destino traçou-lhes a senda até as terras de Moema, onde repousa o venerável Windhuk, bastião inquestionável da tradição germânica em território brasileiro.
À porta do recinto, como viajantes que adentram um portal para dimensões desconhecidas, fomos saudados por uma edificação que não apenas evocava a estética das aldeias alemãs, mas capturava-lhe a alma. A placa, majestosa e sóbria, erguia-se como uma sentinela silenciosa, a proclamar que ali, na anonimidade de Moema, pulsava o coração robusto da Germania ancestral.
Submissos à hospitalidade do garçom, que nos acolheu com a solenidade de um arauto medieval, conquistamos uma mesa digna de nosso conforto. O convite inicial, um chopp de estirpe bárbara, foi recusado com um pesar que só a ética profissional consegue impor. Logo, o cardápio fora-nos ofertado: um pergaminho de escolhas audaciosas. Após diálogo fervoroso, escolhemos o Schlachtplatte – chucrute garni, uma ode em travessa, um palimpsesto de sabores que trazia em si a grandiloquência da culinária germânica: salsichas de notável estirpe, um joelho de porco altaneiro, bisteca suculenta, chucrute perfumado e, como dádiva dos deuses, uma salada de batatas que o tempo consagraria.
E então ele chegou. O Schlachtplatte impôs-se à mesa como um altar dedicado a Wotan. Suas proporções faraônicas surpreenderam mesmo aqueles habituados ao banquete. O joelho de porco, um verdadeiro troféu da precisão culinária, apresentou-se com a suculência de carne entregue aos deuses do fogo e uma couraça crocante que estalava como o gelo a quebrar-se no inverno de Nibelungen. A bisteca, embalsamada em temperos sibilinos — entre os quais, talvez cravo ou um suspiro de canela —, era uma peça de elegância e vigor. O chucrute, fermentado na medida mística entre o ácido e o transcendental, trazia consigo um sabor que beirava o sublime, uma experiência até então inexplorada por nossos paladares mundanos.
E eis que, dentre os monumentos postos à mesa, um humilde protagonista irrompeu: a salada de batatas. Sim, um prato singelo, mas forjado com a maestria que converte o simples em extraordinário. Cada garfada era um cântico de exaltação, uma experiência que rompia as fronteiras da percepção. Ali, naquele prato, estava a alquimia perfeita entre suavidade, tempero e textura.
No epílogo da experiência, a conta revelou-se uma oferenda justa: 97 reais por alma presente, uma quantia ínfima frente ao esplendor do ritual vivenciado.
Quanto ao ambiente, o Windhuk transcende a mera decoração: trata-se de um feudo germânico erigido no coração paulistano. As paredes sussurram histórias da velha Europa; o atendimento, uma liturgia de cortesia e acolhimento.
A todos os que anseiam pelo épico, recomendo, sem hesitação, a peregrinação ao Windhuk. Lá, a gastronomia alemã revela-se não como um mero exercício culinário, mas como uma experiência sensorial que beira o transcendental.
Valha-nos, Windhuk, como...
Read moreAuthentic German food, pretty good Spätzle. One main dish is for 2 persons, so if you order Schnitzel it will be 2 big Schnitzel so be aware of that when ordering. Same goes for other main courses. Unfortunately there is not a single vegetarian dish and when I asked for a vegetarian plate with Spätzle & Sauerkraut (which would have been awesome), the Sauerkraut was cooked with meat (which the waiter wasn't aware of, luckily I saw it before eating). The Knödel sauce looked suspiciously brown as well. Only recommend it for...
Read moreThe best German place in the area. The brauts and Eisbein are very good (we had the baked Eisbein), and served in huge portions. The service was also very attentive. The only knock against this place is the paltry selection of beer. For some reason, they have only a couple of decent German brews on the menu, and then the standard Ambev junk...if they were to add a few more German (and easily available in Brazil - just walk across the street to PDA and buy a couple of cases!) beers to the menu, it would be a...
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