Conheça a a história do Parque Augusta: de colégio de freiras de elite a área disputada pelo mercado imobiliário O local onde está instalado o Parque Augusta, entre as ruas Augusta, Caio Prado e Marquês de Paranaguá, tem uma história longa desde as primeiras construções no local, no início do século 20. Em 1902, quando esta área ainda era dominada por chácaras e bem distante do Centro, que na época era restrito à região entre a Praça da Sé o Largo de São Bento, ali foi construído o Palacete Uchoa, projetado por Victor Dubugras para a família Uchoa. Palacete Uchoa, construído no início do século 20 Em 1906, o palacete foi vendido às Cônegas de Santo Augostinho, que instalaram no casarão o tradicional colégio particular feminino Des Oiseaux. Incorporou- se à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e em 1971 teve seu trecho do lote desmembrado da parcela hoje conhecida como Parque Augusta. Um levantamento da Secretaria do Verde e Meio Ambiente mostra que existem dezenas de espécies, entre elas espécies nativas como canelinha-cheirosa, figueira-mata-pau e tapiá-guaçu, embaúba, ipê- amarelo, espécies frutíferas como grumixama e pitangueira e a palmeira-jerivá. Bosque original será preservado Foto: Acervo SVMA Mas são as espécies exóticas, que não são originais da região, que predominam, como eucalipto, aglaia, alfeneiro, falsa-seringueira, falso-pau- incenso, jacarandá-mimoso, sibipiruna e tipuana, além de frutíferas como abacateiro, amoreira-preta, jambolão, mangueira, nespereira, uva-japonesa, cafeeiro, jambeiro, mamoeiro e palmeiras como areca-bambu, palmeira-de-leque-da-china, palmeira-seafórtia, palmeira-washingtonia, tamareira e tamareira-das-canárias. Com a criação do Parque, a proposta é preservar as espécies da Mata Atlântica e substituir as plantas exóticas por nativas à medida em que elas forem morrendo. Demolição do Palacete Uchoa O palacete Uchoa foi demolido em 1962. Já o Colégio Des Oiseaux funcionou até 1967, tendo toda sua área verde envoltória declarada como de utilidade pública (DUP) pela Prefeitura de São Paulo em 1970. Em 1973, o Decreto Municipal número 10.766 garantiu a proteção do bosque e sua fruição pública e estabeleceu uma taxa de ocupação máxima do terreno de 25% da área da gleba, ressalvando a porção do bosque, no qual nada deveria ser edificado. Mesmo assim, no ano seguinte os edifícios do antigo Colégio Des Oiseaux e da Escola Santa Mônica foram demolidos. Com a demolição das escolas, local virou estacionamento Restaram algumas construções, que ainda estão presentes na área, como a casa do bosque, o portal na Rua Caio Prado e resquícios como degraus, tijolos, pisos, trechos de percursos. Em 1989 o Decreto Estadual número 30.443 declara a área patrimônio ambiental. Desde então, além de estacionamento ao longo dos anos o local abrigou atividades como shows, tendas de circo e outras atividades culturais, enquanto se discutia a criação do parque, embora o terreno fosse privado. Foram feitos vários acordos entre construtoras e incorporadoras, para a construção de hotéis, hipermercados e torres multifuncionais no local, todas sem sucesso. Portal de entrada está sendo restaurado Foto: Acervo SVMA Em 2002, a implantação do Parque Augusta é incluída no Plano Diretor da cidade. E o Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), decide tombar, através da Res. 23/CONPRESP/04, os exemplares arbóreos presentes no bosque e as construções remanescentes do antigo Colégio Des Oiseaux (casa do bosque e portal da Rua Caio Prado). Em 2013 é sancionada a Lei número 345/06, que autoriza a criação do Parque Augusta. E começa então um longa negociação entre o poder púbico e os donos do terreno, culminando com o acordo que prevê a compra do terrenoculminando com o acordo que prevê a...
Read moreA vista de dentro é bonita, quando se olha ao redor. Um pedacinho de tranquilidade, sossego e verde. Embora, perdeu mais de 80% de sua vegetação nativa. Mas mesmo assim é possível ver muitas espécies de árvores e aves que resistiram a essa desapropriação que deu lugar ao parque. Tem uma passarela que faz parte das trilhas de caminhada que fica próxima a arquibancada logo em uma de suas entradas na Marquês de Paranaguá. Em frente a arquibancada tem um Palco, onde pode haver apresentações artísticas e musicais. Espaço reservado aos Pet's, com portão fechado, evitando fuga e todo cercado. Playground para os pequenos brincarem. Seguranças espalhados em pontos estratégicos e Posto da Guarda Civil Metropolitana. Acho que os portões de acesso deveriam possuir uma barreira ou catracas para limitar o fluxo, ou dificultar a possível saída apressada de um ladrão ou corta caminho.
Diversos bebedouros espalhados pelo parque, mas em sua grande maioria, estavam quebrados.
Preservaram uma casa da época, que nos remete a uma tempo muito distante de nossa cidade, um verdadeiro patrimônio histórico. Tem uma enorme raíz que foi invernizada e parece um trono. Pesquisei e descobri: é o Banco Sonoro Carrossel de Histórias, projeto para crianças ouvirem histórias contadas ao vivo. Não sei informar se o projeto continua ativo. Mas achei o link da sua inauguração: https://youtu.be/L242UVlkPLg?si=bEJ8mv5A2Sdv7GGo
Tem um belo grafite em um prédio da Rua Caio Prado que sua lateral dá para a Rua Augusta em frente a uma outra entrada, e fica muito em destaque vê-lo. É do artista Fábio Graf, que veio diretamente do Pará. E Sil Neves, da Spray For Life e idealizadora da ação. Além da iniciativa dessa parceria da Estrella Galicia do Brasil, através de Bruno Silva, coordenador de marketing, com plantio de árvores e arte.
Tem praticantes de Slackline e área destinada a eles.
Tem também um local com umas pedras que devem ter sido parte do alicerce de uma casa que existiu por lá. Bom para fotos.
Muitos caminhantes e corredores com seus fones de ouvido passam por você frequentemente, transpirando e mantendo a forma.
Bom lugar para meditar na grama e limpar a mente de qualquer pensamento....
Read moreO Parque Augusta é um espaço verde localizado na Rua Augusta, uma das ruas mais famosas de São Paulo. O local tem uma história rica e conturbada, sendo que a luta para que ele se tornasse um parque público foi uma batalha que durou muitos anos.
A área em que o parque está localizado era originalmente ocupada por duas mansões da aristocracia paulistana, que foram demolidas nos anos 1960. A área, então, foi adquirida por empresas imobiliárias que planejavam construir prédios no local. A partir daí, começou uma luta por parte de grupos ambientalistas e da sociedade civil para que a área se tornasse um espaço verde e público.
O parque é bastante diverso e conta com a presença de diferentes grupos, desde LGBTs até sertanejos felizes. Pessoas de sunga e biquíni podem ser vistas tomando sol e rindo alegremente, enquanto outras correm ou fumam diversos tipos de ervas e cigarros.
No espaço de cimento, é comum encontrar shows de palhaços e malabaristas, e há também um espaço para dormir em redes, chamado de "rendario". O parque conta ainda com árvores históricas, algumas delas que derrubam pinhas gigantes.
O Parque Augusta é um espaço verde único e diverso no coração de São Paulo. A sua história de luta e resistência para se tornar um parque público o torna ainda mais especial. O local é uma opção para quem procura um lugar para relaxar e desfrutar da natureza, e também para quem busca uma experiência cultural e social em um ambiente...
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