Sexta-feira da Paixão. Uma data que, para muitos, é de reflexão e jejum. Para nós, foi de teste de paciência e fé. Fé de que um cheeseburguer justificaria uma espera de quase três horas em pé, como bons peregrinos da carne prometida. Cheguei adiantado, claro — pontualidade britânica diante de uma fila digna de repartição pública em dia de apagão de sistema. Ainda assim, nome na lista, esperança no peito, e lá fomos nós.
Logo chegou um casal — que eu nem conhecia — e, precavidos (ou desconfiados), colocaram também o nome na lista. Resultado? Duas senhas. Dupla personalidade na fila. Perfeito para confundir ainda mais o sistema que já, misteriosamente, nos fazia saltar de terceiro para quarto lugar no ranking da espera, de 2⁰ para 3⁰ e etc. Alguém claramente tinha o passe livre da casa.
Quando finalmente fomos chamados, a mesa era... na calçada. Ao relento. A atendente tinha me prometido que seriam seis lugares no salão interno. Mas depois de três horas, até um tamborim virava sofá. Sentamos. Mas mantivemos a outra senha — a nossa carta na manga. E foi aí que a novela virou comédia.
Pedimos. E veio a pergunta clássica da casa: "Qual o ponto da carne?" Se você quiser ao ponto... não pode. Porque lá o universo da carne é binário: ou sangra (ponto pra mal) ou vira sola de sapato (bem passado). Escolhi o meio-termo impossível, claro. Me senti pedindo Wi-Fi numa caverna.
Nesse exato momento, a outra senha apitou. Mesa dentro do restaurante! Glória! Fomos. E aí começa o segundo ato.
Surge o gerente. Nome? Felizardo. O nome mais irônico possível. Felizardo nos informou que, apesar da gente estar ali há horas, os hambúrgueres ainda estavam congelados. Sim. Congelados. Após três horas de fila. Nós tivemos tempo de planejar uma viagem para Noronha e voltar, e os burgers ainda estavam na Era do Gelo.
Nosso amigo só comentou: “Poxa, três horas esperando...” E o gerente, em vez de um pedido de desculpas, respondeu com um "Eu ajudei vocês a conseguirem uma mesa dentro." Como se fosse um milagre de multiplicação dos assentos provido por Madre Teresa. Meu querido, nós tínhamos a senha. Você só fez o que o sistema manda. Nem precisa canonizar.
A comida chegou. Depois da meia-noite. Sexta-feira Santa já rolando solta, e a gente pecando sem saber se era por gula ou por insistência. E a carne? Morninha. E uma delas, gelada por dentro. Reclamação feita. Levaram metade embora, trouxeram metade de volta. Requentada. A ressurreição do hambúrguer.
No fim, já resignados, queríamos só uma cervejinha. Três latinhas. Nada épico. E o garçom: “O bar está fechado. Só temos cervejas quentes.” Ah, claro. Porque manter três garrafas na geladeira pra um grupo de amigos sedentos é pedir demais. A essa altura, uma cerveja quente até combinaria com o cheeseburger gelado. Uma espécie de equilíbrio cósmico. Será mesmo que não tinha ou estavam com pressa de se livrar de nós?
E foi isso. Uma noite incrível de boas risadas, reencontros, histórias absurdas e... uma experiência gastronômica que certamente vamos lembrar. Não pelo sabor, mas pela jornada. Porque no Clan, o cheeseburguer é só um detalhe — o prato principal mesmo é a aventura.
P.S.: Os créditos desta resenha vão, com todo carinho, ao gerente Felizardo — que, ironicamente, foi o único a não trazer nenhum momento de felicidade à noite. Sua completa falta de sensibilidade e empatia foi, sem dúvidas, o tempero final dessa experiência...
Read moreI'm surprised how much I liked the food.
I ordered the burger which has received some really good reviews and it meets expectations. It comes with a nice pillowy bun and cheddar cheese. I ordered the extra bacon and pickles which were nice. It was delicious and one of the best in town!
However, be warned that the burger served medium rare. I assumed the meat is ground up in the restaurant so hopefully it is safer but buyer beware.
I also ordered the Caesar salad which I really enjoyed. Typical for Brazil, there's a lot of topping on the salad, but it works. Crunchy, creamy and just damn good!
The corn is also good although once again, loaded with toppings!
Finally, ordered the french rack style lamb chops which were as good as pictured. Just the right amount of spices but also be warned they tend to undercook them.
Overall I enjoyed it and...
Read moreReally nice food at a premium but fair price point. The service was a little disappointing and impacted our experience. None of the waiting or FOH staff spoke English, which made ordering and deciding between options a little difficult. Completely accept it is on us for not speaking Portuguese but for non-Brazilian customers it is worth knowing this. Aside from the language, we found the service at times a bit abrupt, with our waiter taking the order for one course and then walking off to another table (not sure why). Someone else then came over and asked for our order, but it wasn't clear if the order wed just made had been registered on the system. The first waiter then came back over a few mins later seemingly confused. Unnecessary faff which did district a little from the experience. Food was excellent - very tasty, inventive dishes. Wine...
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