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Em 25 de abril de 1974, em Portugal, uma revolução militar derrubava Marcelo Caetano e os resquícios salazaristas, colocando fim à ditadura e iniciando um regime democrático no país.
O nome, Revolução dos Cravos, vem do fato de os manifestantes colocarem cravos na ponta das espingardas dos militares, demonstrando que era uma manifestação pacífica e uma transição de governo sem derramamento de sangue.
É com essa homenagem e esse espírito de liberdade que surge o Bar dos Cravos, no Paraíso, com um ambiente aconchegante e elegante, ótimo serviço, horário de funcionamento estendido, boas comidas e coquetéis bem executados.
De entrada, a croqueta de cebola vem com cebola caramelizada e aioli de páprica. É crocante e sequinha, tem recheio cremoso, com dulçor controlado e o aioli tem um leve defumado e acidez suficiente para cortar a própria gordura.
Ao seu lado, o pouco usual matambre suíno aparece bem executado: carne macia, cozida no ponto, com gordura bem integrada. A alface romana traz crocância e frescor. O purê de maçã tem doçura leve e acidez sutil. O kimchi de nirá contribui com acidez, picância e umami. A coalhada seca complementa com textura cremosa e acidez, equilibrando o prato.
Entre os pratos principais, o stinco de cordeiro é braseado e servido com jus, purê de batatas e rúcula. A carne solta com facilidade do osso, mas sem perder a textura. O jus é reduzido e concentrado, sem ser furtivo. O purê é liso e tem ótimo sabor. A rúcula entra com seu frescor, seu amargor vegetal e sua leve picância.
Também provei a caldeirada, um clássico português, aqui feito com peixe do dia, camarões, mexilhões, favas, migas e coentro. O caldo tem densidade leve, com bom equilíbrio entre gordura, sal e acidez. Os frutos do mar estavam no ponto, especialmente os camarões, ainda firmes. As migas absorvem bem o caldo. O coentro vem em quantidade generosa, trazendo frescor.
De doces, o quindim é bem executado, com ponto correto: firme por fora, úmido no centro. O sorvete de nata da Pinguina entra como contraste de temperatura e textura.
Para beber, os coquetéis são o ponto forte. Pela minha mesa passaram o “E depois do adeus”, o Dry Martini, o Guimê e o “Bella Ciao”.
O primeiro leva jerez fino, vermutes bianco e dry, mel, camomila, baunilha, óleo de gergelim e tuille de mel. A base oxidativa do jerez aparece seguida pelo dulçor controlado do mel e baunilha. Entram, então, o herbal da camomila e o gergelim com leve uma nota oleosa e levemente amarga.
O Dry Martini segue a receita clássica: gin, vermute seco e azeitona. Frio, direto, seco e limpo.
O Guimê mistura gin, Campari, vermute, conhaque, doce de abóbora caseiro e um coração de chocolate. A base alcoólica é potente, com um amargor adocicado potencializado pelo doce de abóbora. O chocolate acrescenta textura crocante e um levíssimo amargor.
O “Bella Ciao” encerra a noite com whisky, caramelo de cerveja IPA, bitter aromático, sal Maldon defumado e azeite temperado. O perfil é intenso, com notas condimentadas, sobretudo salgadas e defumadas, bem posicionadas. O azeite contribui com textura e final prolongado.
Vale muito a ida!
#eatnicely #eatnicelybardoscravos...
Read moreDesde que abriu o Bar dos Cravos eu queria conhecer este lugar, porém é um lugar muito intimista, acho melhor ir com alguém que vale a pena. Fui com uma amiga na noite de terça-feira(10/06/25)...eu tinha feito uma reserva para às 18h, quando cheguei (18:15) estava vazio....então fiquei a espera da minha companhia. Assim que ela chegou demos uma olhada no cardápio e na carta de drinks. Pedimos um drink clássico, o Negroni, e um drink não-alcoólico, o Tropicália. Para comer, pedimos: uma Tostada com tomates e Curados fatiados. Vamos falar dos drinks primeiro, apresentação dos drinks é bem encantandor....principalmente dos drinks autorais ou dos não-alcoólicos. Pois os clássicos, não se muda...tem que ser servidos em copos específicos para cada drink, mas tem o seu toque de finalização. O meu foi o Tropicália. Eu não bebo álcool, mas gosto de algo diferente...ainda mais a ocasião pedia algo mais refinado do que uma simples água ou um refrigerante. O Tropicália é drink com uma bela apresentação, bem refrescante e com leve dulçor, que leva frutas vermelhas, jabuticaba, blend de limões e paragon( é um cordial sem álcool, semelhante a um licor com bastante açúcar) de timur berry(pimenta do Nepal). As comidas que pedimos foram embutidos em dobro kkkkk. Nem me atentei, depois pensei que poderia ter pegado uma couve-flor frita, um sanduíche ou algo diferente....mas como minha amiga havia sugerido de início os Curados Fatiados fiquei com ele na cabeça e depois ela sugeriu pegarmos a Tostada com Tomates. No acabamos pedindo os dois, pq a Tostada com Tomates era a escolha dela....a minha, acabou que escolhi o que seria a primeira opção dela. A tostada é bem generosa e é uma boa opção para compartilhar quando não queremos algo muito pesado. A tostada leva tomates ralado, manjericão e copa fatiada. Já os curados fatiados era uma porção de copa fatiada e uma espécie de salame artesanal. É ok....lembrar de na próxima vez olhar o Menu direito ao invés de deixar a escolha para a companhia. hahaha O lugar é bem bonito e refinado, o atendimento....tanto das Bartenders, quanto dos atendentes, são bem simpáticos e atenciosos. É um excelente lugar para ir a dois, com uma amiga, namorada, esposa ou pretendente. Mulheres exigentes, de bom gosto e refinadas vão adorar.
Valor total para 2 pessoas: Aproximadamente R$216,00
Negroni: R$46,00 Tropicália: R$36,00 Água com gás: R$10,00 / cada (foram 2) Curados fatiados: R$38,00 Tostada com tomates:...
Read moreBom dia! Ontem estive no bar com um casal de amigos. Eu já conhecia o bar e quis mostrar a eles pela qualidade e excelência que eu havia encontrado nas bebidas e comidas. Infelizmente tivemos uma experiência poucas vezes na minha vida vista de tão bizarra. A comida estava ótima e a bebida estava ótima porém fomos interrompidos aproximadamente umas 16 vezes (sim, eu contei)…pelo garçom. Não conseguíamos engatar um assunto na mesa pois éramos interrompidos bruscamente por:”precisam de algo?”, “posso tirar?”, “querem isso?”. Um excesso de atendimento que me desculpem, isso não é dar atenção ao cliente, isso é inconveniência. Em um dado momento o excesso era tamanho que os copos ainda pela metade e perguntavam: “posso tirar?”, nesse momento ao receber mais um não, talvez o 14ºda noite o garçom retira do meio da mesa uma porca de bolinho ainda pela metade, que ninguém autorizou a ele ou pediu. Chegamos ao local 22:00 da noite e esse foi o atendimento, não sabíamos se era pra tocar a mesa e nos mandar embora o mais rápido possível, induzir a consumir mais, o que foi. Sei que saiu pela culatra a inciativa reversa pq aí é que consumíamos menos ainda pois foi dando ódio de estar ali. Eu sou chef de cozinha, conheço a área, frequento centenas de lugares nesse país e no mundo, poucas vezes na minha vida eu vivi uma experiência tão bizarra. Não terminamos uma frase na mesa sem ser bruscamente interrompido. Sequer um “licença”. Não, era chegando e falando já e além disso: quem pergunta se pode ficar levando coisas que estão sendo consumidas ainda? Eu havia dado 1 gole em um drink “chega de saudade”. Bom, além de tudo isso foi cobrado 52 reais por um drink que era 1 dose de bourbon com 1 coca zero. Essa foi a cereja do bolo. Impressionante como um lugar lindo, excelentes bebidas, comidas excelentes pôde gerar uma experiência tão inadequada e ruim por conta de um treinamento certamente dos mais equivocados que já se viu. Ficará na memória para me lembrar sempre de “como não...
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