Frederico de Lima Mayer, homem requintado e de grande cultura, compreendeu que Lisboa, a exemplo das suas congéneres europeias, necessitava de um espaço exclusivamente dedicado ao culto da Sétima Arte, que então se encontrava em ascensão, mas onde fosse igualmente possível apresentar também outro tipo de espectáculos.
Nasceu assim, em 1924 e após 4 longos anos de obras, o edifício actualmente designado por Cine Teatro Tivoli, concebido segundo um projecto do arquitecto Raul Lino, e na época, a melhor sala do país.
Logo desde a noite da sua abertura ao público – com o filme Violetas Imperiais - o Tivoli impôs-se como uma sala de espectáculos onde apenas se apresentavam filmes de grande qualidade, cuidadosamente escolhidos entre as obras-primas da época.
Tendo iniciado a sua actividade ainda no tempo do cinema mudo, o Tivoli foi dotado para fonocinema em 1930, tendo em Novembro desse mesmo ano sido apresentado o primeiro filme sonoro - A Parada do Amor.
No entanto, o Tivoli não foi concebido apenas para apresentar espectáculos de cinema. Assim, logo em 1925, e numa iniciativa de António Ferro, foi criado um grupo de teatro residente - o Teatro Novo. Nele foram apresentadas várias peças, ousadas para a época, entre as quais Knock ou o Triunfo da Medicina.
O Tivoli continuou a fazer-se teatro pois após a morte Frederico Lima Mayer, o seu filho, Augusto Lima Mayer, instalou no teatro um palco e camarins. Neste palco apresentaram-se, então, companhias tão célebres como a Comédie Française e o Teatro do Vieux Colombier. Pisaram também o palco do Tivoli, em espectáculos musicais, entre outros os maestros Igor Stravinsky, Sir Thomas Beecham, Frederico de Freitas e Ivo Cruz, os pianistas Sequeira Costa, Maria João Pires, Tania Achot, Arthur Rubinstein e José Viana da Mota, o violinista Yehudi Menuhin, a violoncelista Guilhermina Suggia e o coro dos Pequenos Cantores de Viena.
O bailado dominou igualmente as plateias do Tivoli através das actuações do Ballet do XX Siécle (com Maurice Béjart), o American Festival Ballet e o Ballet Soviético dos Cossacos da Ucrânia, entre outros.
Em 1973 o Tivoli deixou de pertencer à família Lima Mayer, tendo sido adquirido por João Ildefonso Bordallo e em 1989 foi adquirido pelo empresário espanhol Emiliano Revilla que, pouco depois, vendeu a maioria das suas acções a uma empresa de capitais espanhóis.
Após um período de encerramento, o Tivoli reabriu as suas portas em 1999, tendo entretanto sido objecto de obras de remodelação. Em 2004 o Tivoli foi adquirido pela Lx Skene, empresa de capitais portugueses.
Em 2005 o Teatro Tivoli foi adquirido por Herman José, que o vendeu à promotora de espectáculos UAU em Dezembro de 2011.
Em 2012 passou a chamar-se Teatro Tivoli BBVA na sequência de um acordo entre o banco espanhol e a produtora que...
Read moreThis is one of the most iconic buildings in Lisbon. A must see even if there is no show on display. The second balcony is, to me, the best seat in the house but a hop to the third is well worth the experience. The bar atmosphere is very cozy and welcoming but I don't think it serves food, great for a late night cap though. This house is located in one of the most typical streets in Lisbon, and well worth it, but it comes with a warning. Be very street wise, especially during week nights when movment is lower and criminals have...
Read moreLovely old theatre. Good sight lines from auditorium. Seats are fine for an hours show but not for much longer - they might supply cushions. A wide range of performers appear for single or short run performances. Some are from Portugal but a lot are international. Well worth checking out their programme if you find yourself in Lisbon. Tivoli Theatre is on main thoroughfare of Avenida de Liberdade - and opposite Metro station Avenida. Very easy to get to. Ticket prices - very affordable. The show i saw ranged...
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