È chiamato popolarmente “Teatro Nacional do Rossio”, essendo l’edificio più importante della centralissima Praça Dom Pedro IV. È il più importante teatro di prosa del Portogallo, inaugurato il 13 aprile 1846 durante le celebrazioni del 27° anniversario della regina Dona Maria II, da cui prende il nome. La sera dell’inaugurazione venne rappresentato il dramma storico in cinque atti “La Gaunt e i dodici dell'Inghilterra”, scritto dal drammaturgo Jacinto Aguiar Loureiro. La nascita e la storia di questo teatro iniziano esattamente dieci anni prima, quando il celebre drammaturgo Almeida Garrett viene incaricato, sotto la spinta del clima romantico di quegli anni, di creare l'Ispettorato Generale dei Teatri Nazionali, il Conservatorio di Arte Drammatica, e un Teatro Nazionale dove si potevano rappresentare i drammi nazionali in lingua portoghese. L'atmosfera romantica, che si respirava in tutta Europa, determina l'urgenza di trovare un modello e un repertorio drammaturgico nazionale. Il problema non è solo culturale, ma è soprattutto un problema politico, strettamente connesso all'indipendenza della nazione stessa, che aveva vissuto tempi difficili dopo le invasioni francesi e le guerre liberali. Il luogo prescelto per edificare il teatro sono le rovine del “Palácio Estaus”, ex palazzo dell'Inquisizione distrutto dal terremoto del 1755, e in seguito da un incendio. Il teatro è stato eretto dall’architetto italiano Fortunato Lodi nello stile neoclassico in voga allora. Il teatro dal 1910 al 1939 ha assunto il nome di Teatro Nacional Almeida Garrett. Il 3 dicembre del 1964, il Teatro Nazionale è stato distrutto da un colossale incendio che risparmiò solo le pareti esterne e l'ingresso dell'edificio. Il teatro è stato ricostruito rispettando l’estetica originaria e ha riaperto le sue porte solo nel 1978. La facciata principale, che si apre sul Rossio, ingloba sei colonne ioniche che appartenevano al Convento de São Francisco da Cidade di Lisbona (attualmente sede del Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado). Sopra il timpano ci sono tre statue: quella al centro è del drammaturgo Gil Vicente, il più importante del Portogallo, quelle ai lati sono della musa della commedia Thalia, e della musa della tragedia Melpomene. All’interno spiccano diversi ambienti in stile neoclassico tra cui L’Átrio, il Salão Nobre e la meravigliosa Sala Almeida Garrett. Nel Salone Nobile si trovano, dal settembre 2014, quattro interventi del celebre artista Vhils, che inizialmente dovevano restare qui solo per il tempo di una mostra, ma che, data l’importanza dell’artista, si è deciso di tenere come opere artistiche del teatro. I ritratti, che Vhils ha incavato nei muri del teatro, appartengono a quattro attrici teatrali portoghesi del passato: Amélia Rey-Colaço, Beatriz Costa, Palmira Bastos e Laura Alves; essi compongono il progetto Memória (1964). Tra gli altri ambienti vi è la Sala Estúdio, aggiunta con la ricostruzione: si tratta di un piccola sala utilizzata per le prove o per messe in scene che necessitano di uno spazio più intimo. Visitando il teatro si vedono anche i camerini, uno di questi è allestito con le atmosfere degli anni venti. Sullo specchio vi è scritta la frase “Muita merda”. Si tratta di una frase scaramantica, che prende origine dalle feci dei cavalli che tiravano le carrozze, se davanti al teatro c’erano tanti escrementi voleva dire automaticamente che c’era tanta gente. Sotto al tetto c’è il reparto costumi e scenografie, con la Sala de Adereços, che conserva i materiali scenici come i costumi e le scenografie; seguono la lavanderia e infine la sartoria, dove lavorano le sarte e le costumiste, che durante la visita si possono osservare al lavoro, così come i tecnici del palco. Le parti più suggestive sono difatti il palco, il retropalco e le torri sceniche, con i ponti mobili, le corde che reggono le scenografie, gli ingranaggi, e i congegni scenici. Il teatro organizza una visita guidata, di circa un’ora, tutti i lunedì alle 11.30. Non occorre prenotare la visita, basta recarsi...
Read moreO Teatro Nacional abriu as suas portas a 13 de abril de 1846, durante as comemorações do 27.º aniversário da rainha Maria II (1819-1853), passando por isso a exibir o seu nome na designação oficial. Na inauguração, foi apresentado o drama histórico em cinco atos O Magriço e os Doze de Inglaterra, original de Jacinto Aguiar de Loureiro. Mas a história do Teatro Nacional D. Maria II começa dez anos antes da sua inauguração.
Na sequência da revolução de 9 de setembro de 1836, Passos Manuel assume a direção do Governo e uma das medidas que tomou nesse mesmo ano foi encarregar, por portaria régia, o escritor e político Almeida Garrett de pensar o Teatro português em termos globais e incumbi-lo de apresentar "sem perda de tempo, um plano para a fundação e organização de um teatro nacional, o qual, sendo uma escola de bom gosto, contribua para a civilização e aperfeiçoamento moral da nação portuguesa”.
Por esse mesmo decreto, Almeida Garrett ficou encarregue de criar a Inspeção-Geral dos Teatros e Espetáculos Nacionais e o Conservatório Geral de Arte Dramática, instituir prémios de dramaturgia, regular direitos autorais e edificar um Teatro Nacional "em que decentemente se pudessem representar os dramas nacionais".
O ambiente romântico que se vive nesta altura em toda a Europa determina a urgência em encontrar um modelo e um repertório dramatúrgicos nacionais, ou seja, o aparecimento de um teatro (e de um repertório) nacional era uma questão não só cultural como, sobretudo, política e assumida como um assunto estreitamente ligado à própria independência da nação, que saíra de tempos conturbados após as invasões francesas e as lutas liberais.
Entre 1836, data da criação legal do teatro, e 1846, data da sua inauguração, o já existente e decrépito Teatro da Rua dos Condes funcionou como provisório Teatro Nacional. Após muita polémica, o local escolhido para instalar o definitivo Teatro Nacional foram os escombros do palácio dos Estaús, antiga sede da Inquisição e que, também em 1836, tinha sido destruído por um incêndio. A escolha de um arquiteto italiano, Fortunato Lodi, para projetar e executar o Teatro Nacional não foi isenta de críticas e só em 1842 Almeida Garrett consegue dar início às obras.
Durante um largo período de tempo, o Teatro Nacional foi gerido por sociedades de artistas que, por concurso, se habilitavam à sua gestão. Após a implantação da República, passou a chamar-se Teatro Nacional de Almeida Garrett. A gestão mais duradoura foi a de Amélia Rey Colaço / Robles Monteiro, que permaneceu no teatro de 1929 a 1964, mas a mais célebre terá sido a da companhia Rosas e Brasão, entre 1881 e 1898, durante a qual foi ousada uma mudança de reportório (primeiras criações de peças de Shakespeare em Portugal).
Em 1964, o Teatro Nacional foi palco de um brutal incêndio que apenas poupou as paredes exteriores e a entrada do edifício. O edifício que hoje conhecemos, e que respeita o original estilo neoclássico, foi totalmente reconstruído e só em 1978 reabriu as suas portas.
Em março de 2004, o Teatro Nacional D. Maria II foi transformado em sociedade anónima de capitais públicos, passando a ser gerido por administração própria e sujeito à superintendência e tutela dos Ministérios das Finanças e da Cultura. Em 2007, o TNDM II foi integrado no sector...
Read moreO Teatro Nacional abriu as suas portas a 13 de abril de 1846, durante as comemorações do 27.º aniversário da rainha Maria II (1819-1853), passando por isso a exibir o seu nome na designação oficial. Na inauguração, foi apresentado o drama histórico em cinco atos O Magriço e os Doze de Inglaterra, original de Jacinto Aguiar de Loureiro. Mas a história do Teatro Nacional D. Maria II começa dez anos antes da sua inauguração.
Na sequência da revolução de 9 de setembro de 1836, Passos Manuel assume a direção do Governo e uma das medidas que tomou nesse mesmo ano foi encarregar, por portaria régia, o escritor e político Almeida Garrett de pensar o Teatro português em termos globais e incumbi-lo de apresentar "sem perda de tempo, um plano para a fundação e organização de um teatro nacional, o qual, sendo uma escola de bom gosto, contribua para a civilização e aperfeiçoamento moral da nação portuguesa”.
Por esse mesmo decreto, Almeida Garrett ficou encarregue de criar a Inspeção-Geral dos Teatros e Espetáculos Nacionais e o Conservatório Geral de Arte Dramática, instituir prémios de dramaturgia, regular direitos autorais e edificar um Teatro Nacional "em que decentemente se pudessem representar os dramas nacionais".
O ambiente romântico que se vive nesta altura em toda a Europa determina a urgência em encontrar um modelo e um repertório dramatúrgicos nacionais, ou seja, o aparecimento de um teatro (e de um repertório) nacional era uma questão não só cultural como, sobretudo, política e assumida como um assunto estreitamente ligado à própria independência da nação, que saíra de tempos conturbados após as invasões francesas e as lutas liberais.
Entre 1836, data da criação legal do teatro, e 1846, data da sua inauguração, o já existente e decrépito Teatro da Rua dos Condes funcionou como provisório Teatro Nacional. Após muita polémica, o local escolhido para instalar o definitivo Teatro Nacional foram os escombros do palácio dos Estaús, antiga sede da Inquisição e que, também em 1836, tinha sido destruído por um incêndio. A escolha de um arquiteto italiano, Fortunato Lodi, para projetar e executar o Teatro Nacional não foi isenta de críticas e só em 1842 Almeida Garrett consegue dar início às obras.
Durante um largo período de tempo, o Teatro Nacional foi gerido por sociedades de artistas que, por concurso, se habilitavam à sua gestão. Após a implantação da República, passou a chamar-se Teatro Nacional de Almeida Garrett. A gestão mais duradoura foi a de Amélia Rey Colaço / Robles Monteiro, que permaneceu no teatro de 1929 a 1964, mas a mais célebre terá sido a da companhia Rosas e Brasão, entre 1881 e 1898, durante a qual foi ousada uma mudança de reportório (primeiras criações de peças de Shakespeare em Portugal).
Em 1964, o Teatro Nacional foi palco de um brutal incêndio que apenas poupou as paredes exteriores e a entrada do edifício. O edifício que hoje conhecemos, e que respeita o original estilo neoclássico, foi totalmente reconstruído e só em 1978 reabriu as...
Read more