Questo palazzo, situato nel cuore storico della capitale, fu eretto alla fine del ‘400 dal conte Dom Fernando de Almada, da cui prese il nome, e conserva elementi manuelini e manieristi che lo rendono uno degli edifici più rappresentativi del cinquecento in Portogallo. È uno dei pochi palazzi che conserva dei camini conici monumentali del ‘500, sullo stile del Palácio Nacional de Sintra. Oltre all’interesse artistico, questo edificio ebbe un ruolo importante nella storia del Portogallo. Qui infatti si riunirono i cospiratori, guidati da Dom Antão de Almada, che portarono alla restaurazione dell’indipendenza del Portogallo il 1 dicembre del 1640; per questo motivo è più comunemente chiamato Palácio da Independência. È inoltre l’unico edificio della cosidetta Baixa a sopravvivere al terremoto del 1755. Ricordo che il cuore di Lisbona, fu devastato da un incendio che durò giorni. Per volere del Marques de Pombal dal 1756 vi fu installata la Corte d’Appello e il Senato Comunale, e dal 1774 anche l’Archivio Comunale nell’attesa della ricostruzione della città. Nel 1834 il palazzo fu abitato dal celebre drammaturgo Almeida Garrett. Nel 1940 la residenza passò allo stato e divenne sede della “Gioventù Portoghese” dell’Estado Novo. Nel patio si può notare una statua del re Dom João IV de Bragança, che salì al trono dopo l’indipendenza del Portogallo, e i meravigliosi camini conici sfaccettati del cinquecento. Dal patio si accede alla cappella di San Giorgio e all’interno del palazzo, dove alcuni ambienti sono stati rifatti negli anni quaranta sotto la direzione dell’architetto Raúl Lino. Spiccano i meravigliosi azulejos di epoca “Joanina”, tra cui il lungo pannello: Caça ao javali (caccia al cinghiale), firmato dal celebre Gabriele Barco, risalente alla fine del secolo XVII. Notevole è anche la serie di nove pannelli di azulejos con temi mitologici risalenti al 1725-1730, conservati nella sala principale. Dal palazzo si accede ai giardini luso-arabi, chiusi tra le Mura Fernandine e le case di Rua Portas de Santo Antão. Questi giardini sorprendono perché dall’esterno non s’immagina la loro esistenza, chiusi come sono tra le case e i palazzi. In questo tratto delle Mura Fernandine un tempo si apriva la porta de Santo Antão, una delle porte di accesso alla città, da cui la via al di là delle case ha preso il nome. Alla fine dei giardini si trova una piccola fontana con tre pannelli di azulejos policromi detti: Panelli della Restaurazione, risalenti al 1696, opera di Gabriel del Barco, che celebrano la storia dell’indipendenza del Portogallo. Su lato destro della fontana è la stanza dove si riunivano i cospiratori, all’interno vi sono le statue dei personaggi più importanti guidati da Dom Antão de Almada. Dietro la fontana vi è un tratto delle Mura Fernandine con tanto di merlatura e scale, da dove è possibile ammirare un panorama inedito...
Read moreO Palácio da Independência, situado na esplêndida cidade de Lisboa, é mais do que um simples monumento histórico. Trata-se de um verdadeiro testemunho do passado, um elo indissociável entre a identidade de Portugal e o seu percurso como nação independente. Esta estrutura impressionante, que serve como um farol de cultura, história e tradição, é um local inigualável para compreender a alma lusa.
O exterior do Palácio é imponente. As linhas arquitectónicas que definem o Palácio da Independência são notavelmente elegantes, incorporando traços tradicionais de diferentes períodos da história portuguesa. A sua localização privilegiada permite que ele se destaque no panorama urbano lisboeta, marcando uma presença forte e distintiva.
Por dentro, o Palácio é um acervo de tesouros. Cada sala, cada corredor, conta uma história. As exposições, cuidadosamente organizadas, levam-nos numa viagem através de séculos da história portuguesa, desde os dias de glória dos Descobrimentos até aos desafios do mundo moderno. É impossível não ser arrebatado pela riqueza e diversidade da herança cultural exposta.
No entanto, o Palácio da Independência é muito mais do que um museu. É um espaço de celebração da identidade portuguesa, onde as tradições são mantidas vivas e os valores são passados de geração em geração. As conferências, debates e workshops realizados regularmente no Palácio são provas claras de que o local não está estagnado no passado, mas, ao contrário, continua a participar activamente na construção do futuro de Portugal.
Um aspecto crucial que não pode ser ignorado é o papel do Palácio no cenário internacional. O Palácio da Independência tem sido um palco de diplomacia e relações internacionais, reforçando a posição de Portugal como uma nação relevante e respeitada na comunidade global.
É difícil visitar o Palácio da Independência e não se sentir profundamente tocado pela história de Portugal e pelo sentido de continuidade que o local inspira. No seu coração, o Palácio da Independência é um testemunho poderoso da identidade portuguesa no mundo. É um lugar onde o passado encontra o presente, e onde ambos se unem para moldar o futuro. Como portugueses, podemos orgulhar-nos deste monumento que representa tão bem a nossa nação.
Por isso, seja você um entusiasta da história, um estudioso da cultura ou simplesmente alguém em busca de um pedaço autêntico de Portugal, o Palácio da Independência é uma visita obrigatória. Garanto que a sua visita será uma experiência rica e...
Read moreO Palácio da Independência, classificado como MN - Monumento Nacional, situa-se no Largo de São Domingos junto ao Largo do Rossio em Lisboa.
Era, antigamente, também chamado, por isso, de Palácio do Rossio, ou de Palácio de São Domingos [1]. Atualmente é também conhecido por Palácio Almada por ter pertencido, desde o século XV até à altura da sua compra pelo Estado Português, à família Almada (detentora da representação do título conde de Almada e Abranches).
Há conhecimento de um pergaminho do século XV referente à sua compra, pelo D. conde D. Fernando de Almada e Avranches, capitão-mor de Portugal[2], e sua mulher, ao fidalgo D. Nuno de Barbudo, altura em que passou para a mão da referida família, passando a ser a sua «casa-mãe» ou «solar».
Por vezes também chamado por Palácio da Restauração, pois nesta sua casa que D. Antão de Almada e os 40 conjurados planearam a última reunião que deu origem à Restauração da Independência de Portugal, no dia 1 de Dezembro de 1640, com o derrube do jugo filipino e com a aclamação a rei...
Read more