Este é, talvez, um dos edifícios históricos mais interessantes da Foz do Douro. Classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1960, foi alvo de obras de recuperação e creio que está (ou estará) aberto ao público, ainda que com restrições que vêm do facto de aqui funcionar uma delegação do Instituto de Socorros a Náufragos e o posto de pilotos da barra.
Apesar da actual mansidão, a barra do Douro era até há poucos anos uma das mais perigosas de Portugal, não só devido à forte correnteza do rio, mas também devido à existência de rochas afiadas abaixo da linha de água. Por isso, houve vários esforços para auxiliar a passagem de navios, tais como a construção de fachos e alumiaras.
Em 1528, D. Miguel da Silva, então bispo de Viseu e abade do mosteiro beneditino de Santo Tirso (senhor das terras da Foz do Douro), mandou erguer aqui uma capela a São Miguel-o-Anjo e dotou-a de rendas capazes de custear um facho para orientação dos navios. Projectada pelo italiano Francisco de Cremona, que o bispo trouxera de Roma, ficou concluída em 1538: de planta quadrangular e coberta por um domo oitavado, virava-se a Norte e tinha uma escada em caracol que levava até ao telhado, onde se acendia o facho. Na fachada virada ao rio há uma inscrição que reza: “Michael Silvius, electus episcopus Visensis, turrim ad regendos navium cursus fecit, idem agros ex quorum redditu nocturni ignes e turri perpet, adcenderentur sua pecunia emptos dedit ad ignavitque, annum MDXXVIII”, que significa “D. Miguel da Silva, bispo eleito de Viseu, fez esta torre para governo e entrada dos navios, e deu e consignou campos comprados com seu dinheiro para que, do respectivo rendimento, se acendessem na torre fogos perpetuamente. Ano de MDXXVIII”.
O farol foi apagado no século XVII por se ter feito um facho mais intenso no Monte da Luz. A capela, rededicada a Nossa Senhora da Encarnação, foi-se conservando até 1841, quando foi cedida aos pilotos da barra do Douro, que ali fizeram erguer, em 1866, a sua casa de serviço e ainda uma torre semafórica, paga pela Associação Comercial do Porto e na qual funcionava o telégrafo óptico que comunicava a chegada dos navios a outras estações. E assim ficou a antiga capela-farol reduzida a um anexo. Já no século XX, funcionou aqui também um posto da Guarda Fiscal, relacionado com a Circunvalação do Porto. Tantas utilizações num só local impediram sempre a demolição e o desafogo desta velha capelinha apesar dos planos que, nesse sentido, se fizeram na Câmara Municipal do Porto. Talvez tenha sido...
Read moreDidn't go in but pasted by on beautiful coastal walk back into Porto. Such a lovely, well maintained area. No litter, no grafitti. Near the mouth of the river so great views of the sea and the river. Took...
Read moreBeautiful place, must go if you are visiting Porto, Portugal. We took a long walk along the river to get there. So worth it. Of course we stopped a couple place to have wine and the famous...
Read more